sexta-feira, janeiro 11, 2008

Alto Minho artigo de 11-01-2008

Voz no deserto?

Tenho gostado da série de entrevistas que este semanário tem publicado nos últimos tempos. Na minha opinião, a mais interessante foi a última, a de Abel Baptista. Com chamada de primeira página, onde se podia ler “Não serei candidato contra Campelo”, a entrevista abordou vários e pertinentes assuntos.

A frase já citada poderia resumir a entrevista, mas não o faz. Aliás, esta nada traz de novo Primeiro porque concorrer contra Campelo era suicidário, segundo porque era fratricida. Foi Baptista, como aliás fez questão de frisar, o grande obreiro, usando a analogia do entrevistado, o grande treinador e “olheiro” de Campelo. A analogia entre Campelo e o futebolista Figo não foi das melhores, é que não se pode esquecer que o Figo soube atempadamente abandonar a selecção para não a prejudicar. Talvez apareça por aí um Cristiano Ronaldo, quem sabe, e substitua o “Figo”. O problema para Baptista é saber onde ele está…

Mas, para mim, o cerne da entrevista está nos assuntos verdadeiramente pertinentes e aí Abel Baptista marca pontos. Numa altura em que parece já ter sido tomada a decisão de pôr os limianos a ver passar comboios, com quase um século de atraso é certo, Baptista propõe algo bastante pertinente. Porque não aproveitar a linha construindo-a de forma a proporcionar a utilização da mesma por comboios rápidos para além do “TGV”? Para Ponte de Lima, com uma estação e a 30 minutos do Porto, poderia significar uma verdadeira “revolução” social e económica que certamente se alastraria a toda a região. Mas serão estas questões motivadoras para quem nos governa, para os partidos e líderes locais? Aparentemente não, é mais interessante “contar espingardas”.

Mão à palmatória

É sempre bom ver reconhecido um erro. O presidente da Câmara de Ponte de Lima, Daniel Campelo, fê-lo e o Fórum Municipal da Juventude será, finalmente, uma realidade. Foi, na última reunião do executivo, aprovado por unanimidade a sua criação.

Este fórum é um anseio de há muitos anos da juventude limiana. Desde as associações de jovens passando pelas juventudes partidárias foram várias as vozes que o reclamaram. A última intervenção neste sentido num órgão autárquico foi da JSD, no início deste mandato. Pela voz do seu líder, Filipe Lima, desafiava o presidente da Câmara a criá-lo. Campelo não o queria, a JP parecia também não o querer, a verdade é que, passados menos de dois anos, é uma realidade. É a juventude de Ponte de Lima que ganha.

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