quinta-feira, dezembro 18, 2008

Alto Minho artigo de 18-12-2008

Plano e Orçamento

As Opções do Plano e Orçamento de 2009 foram aprovadas por maioria na última reunião de Câmara. Outra coisa não seria de esperar. O Vereador do PS absteve-se e o vereador do PSD votou contra.

O PSD estranhou o aumento, inconsistente e em ano de eleições, na transferência de verbas relativamente à rubrica da Actividade de Iniciativa das Freguesias. Uma situação que inevitavelmente leva à suspeita de uma gestão eleitoralista em vez de serem tidas em conta “as necessidades efectivas das respectivas pessoas das freguesias”. O PS definiu este documento como uma “declaração de intenções, com um elevado número de projectos que se arrastam desde o início do presente mandato, ou seja, desde o ano de 2005”.

Quer o PS quer o PSD têm razão. Este é um documento que aposta novamente em muitos projectos mediáticos, bons para os artigos nos jornais, mas que tardam em se efectivar, que trata as freguesias como criancinhas que em dia de festa (leia-se, ano eleitoral) têm direito a um doce.

Continuamos sem estratégia em pontos-chave como a economia. Continua-se a apostar num concelho bonito para a fotografia, mas não tão bom para viver. Este deveria ser um documento com maior sensibilidade social, onde o apoio às famílias limianas carenciadas deveria ser prioritário. São vários os indicadores que apontam para um aumento da pobreza em Ponte de Lima. O apoio deveria ser dado quer através das instituições de solidariedade social quer através das próprias instituições de apoio social ligadas às paróquias, como por exemplo os centros de dia, ou seja, os que estão mais perto dos necessitados.

O que fica deste Plano e Orçamento é que muito mais se poderia fazer, escasseiam projectos objectivos e concretos que em tempos difíceis deveriam ser levados a cabo. Fica a sensação de que se não fossem as eleições que se avizinham, nem a operação de cosmética o distinguiria dos outros Planos e Orçamentos sem chama, sem audácia dos últimos 4 anos.

Nem de propósito

No artigo da passada semana, a título de exemplo, citei um parágrafo por mim escrito faz um ou dois anos, onde defendia que uma eventual nova (apontava esta necessidade) Biblioteca Municipal deveria centrar e coordenar uma rede de informação municipal, isto é, deveria ser um centro no que respeita à informação dita cultural do concelho. Eis que, entretanto, ao ler as Opções do Plano e Orçamento do próximo ano leio a seguinte frase “Será elaborado o projecto de construção da nova Biblioteca municipal, que será um espaço com acentuada polivalência, na prestação e disponibilização de serviços com a designação de Centro de informação e do Conhecimento”…

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