O caso da Seara já foi há um ano. Iremos esperar muito para que um outro caso
aconteça?
aconteça?
Um ano depois, a explicação para o que aconteceu na freguesia da Seara em Ponte de Lima é a da febre escaro-nodular vulgarmente conhecida por febre da carraça. Na altura chegou a pôr-se a hipótese da contaminação das águas dos poços, não se vindo, contudo, a confirmar. No entanto, há uma probabilidade muito real de num futuro próximo ocorrer um caso derivado ao consumo de águas impróprias dos poços caseiros. Há pouco tempo, o Jornal de Notícias noticiava que das 400 análises feitas no concelho de Ponte de Lima, em 2002 e 2003, metade dos poços estavam contaminados por «bactérias de origem fecal». Depois desta revelação só a apreensão se pode instalar nas nossas mentes. Então 50% dos poços analisados pela delegação de saúde estão contaminados e isto não provoca reacção de nenhum partido, de ninguém na sociedade dita civil?
Se extrapolarmos, e podemos faze-lo, estes dados para os poços que não são analisados, e estes são a maioria, fica-se com uma situação das mais preocupantes. Esta representa uma bomba relógio prestes a explodir e seria bem melhor desarmadilhar a bomba do que minimizar à posteriori os seus danos. O que dizem os senhores candidatos autárquicos ao saberem que a maioria da população limiana que os elegerá incorre no risco de beber água contaminada por «bactérias de origem fecal»? Se pensarmos que a água é, certamente, infectada pelas fossas das casas e que uma percentagem enorme da população limiana não tem alternativa aos seus poços e fossas, surge logo uma pergunta: porque que é que o poder político não investe muito mais nesta área? Se é um facto que o investimento nesta última década foi muito escasso porque é que não houve uma oposição que o exigisse? A resposta será por ventura o desabafo que se ouve nas ruas; que em Ponte de Lima não há oposição, que esta apenas aparece de quatro em quatro anos, atabalhoadamente, e logo desaparece com a noite eleitoral?
O nosso concelho não pode querer ser o mais florido, ser património da humanidade, apregoar ser um exemplo em novas tecnologias quando o mais básico do básico não existe. Não se pode esperar que uma tragédia aconteça, é preciso recuperar o tempo e acreditem que este é escasso.
Há mais de uma década que foi construída uma ETAR. Esta fica localizada perto da igreja de N. S. da Guia. Como é que ela tem funcionado? A falta de investimento na área do tratamento de esgotos e no abastecimento de água é gritante no nosso concelho. Não se pode ficar apenas por promessas vãs. É preciso actuar. Não se pode pactuar com ligações de águas residuais à rede de escoamento das águas pluviais. Não se pode passar junto ao rio sem sentir o cheiro e verificar a coloração da água (?) que sai junto à Avenida dos Plátanos ou junto ao Centro Náutico. Os jovens limianos ainda se banham nas águas do Rio Lima e estas absorvem as anteriores. Não haverá consequências?
Porque é que no século XXI, em Ponte de Lima, a população ainda tem que recorrer à água dos poços e a fossas sépticas? Porque somos o último concelho em percentagem de cobertura da rede de água e saneamento básico (?) em todo o distrito de Viana?
Se extrapolarmos, e podemos faze-lo, estes dados para os poços que não são analisados, e estes são a maioria, fica-se com uma situação das mais preocupantes. Esta representa uma bomba relógio prestes a explodir e seria bem melhor desarmadilhar a bomba do que minimizar à posteriori os seus danos. O que dizem os senhores candidatos autárquicos ao saberem que a maioria da população limiana que os elegerá incorre no risco de beber água contaminada por «bactérias de origem fecal»? Se pensarmos que a água é, certamente, infectada pelas fossas das casas e que uma percentagem enorme da população limiana não tem alternativa aos seus poços e fossas, surge logo uma pergunta: porque que é que o poder político não investe muito mais nesta área? Se é um facto que o investimento nesta última década foi muito escasso porque é que não houve uma oposição que o exigisse? A resposta será por ventura o desabafo que se ouve nas ruas; que em Ponte de Lima não há oposição, que esta apenas aparece de quatro em quatro anos, atabalhoadamente, e logo desaparece com a noite eleitoral?
O nosso concelho não pode querer ser o mais florido, ser património da humanidade, apregoar ser um exemplo em novas tecnologias quando o mais básico do básico não existe. Não se pode esperar que uma tragédia aconteça, é preciso recuperar o tempo e acreditem que este é escasso.
Há mais de uma década que foi construída uma ETAR. Esta fica localizada perto da igreja de N. S. da Guia. Como é que ela tem funcionado? A falta de investimento na área do tratamento de esgotos e no abastecimento de água é gritante no nosso concelho. Não se pode ficar apenas por promessas vãs. É preciso actuar. Não se pode pactuar com ligações de águas residuais à rede de escoamento das águas pluviais. Não se pode passar junto ao rio sem sentir o cheiro e verificar a coloração da água (?) que sai junto à Avenida dos Plátanos ou junto ao Centro Náutico. Os jovens limianos ainda se banham nas águas do Rio Lima e estas absorvem as anteriores. Não haverá consequências?
Porque é que no século XXI, em Ponte de Lima, a população ainda tem que recorrer à água dos poços e a fossas sépticas? Porque somos o último concelho em percentagem de cobertura da rede de água e saneamento básico (?) em todo o distrito de Viana?
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