Eleições Autárquicas - Resultados e artigos de opinião
Nestas eleições os limianos votaram pelo seguro e como não vêem alternativa credível votaram na continuidade. Daniel Campelo venceu mais uma vez. Há no entanto uma notória vontade de mudar e essa mudança poderia ser uma realidade se os partidos da oposição desempenhassem a sua função. Vejam-se os resultados que o PS obteve, não obstante o seu líder e cabeça de lista apenas ter assumido o lugar há coisa de um ano, este partido viu a sua votação aumentar em cerca de mil votos aproximando-se do PSD como nunca antes tinha acontecido. O PS é, aliás, um dos vencedores do passado domingo dia 9.
Com uma campanha bem montada, errou poucas vezes, demonstrou garra bem como uma nova forma de actuar muito mais viva do que até aqui se tinha verificado em Ponte de Lima. Nos últimos anos, para além de esporádicas incursões, o único que se comparou foi António Matos da CDU que também provocava a reacção, por vezes imponderada, por parte do Presidente da Câmara.
O peso da derrota continua na praceta Vieira de Araújo. O PSD na última década tem vindo a definhar, primeiro ficou com apenas dois vereadores depois delapidou a maioria na Assembleia Municipal na mesma medida em que foi perdendo as Juntas de Freguesia, este Domingo esta trajectória suicida culminou num resultado negativamente histórico para este partido, apenas 4 Juntas de Freguesia, 1 Vereador e 13 membros da Assembleia Municipal, perdendo eleitorado em todos os órgãos autárquicos. Terá chegado o tempo deste partido arrepiar caminho? Os responsáveis decidem...
Também a CDU se juntou ao clube dos perdedores. Depois da imagem renovada, que colheu frutos há quatro anos com António Matos, nestes quatro anos deixou-se adormecer perdendo vitalidade. O resultado foi a perda de eleitorado para o PS. Sorte o BE não estar ainda organizado em Ponte de Lima.
Após as eleições esperavam-se algumas reacções, uma delas era a de Abel Baptista. Sendo um dos vencedores a sua vitória é dupla. Por um lado a lista que encabeçava venceu, conseguindo acompanhar a lista para a Câmara Municipal no aumento do número de votos. Por outro lado venceu internamente, pois algumas facções mais "conservadoras" não se rogaram de, escamoteados na JP, apelar ao não voto naquela lista com o fim de penalizar a pessoa que a encabeçava. No seu artigo do jornal Alto Minho de 14 de Outubro, Abel Baptista, faz uma análise que, na generalidade, toca todos os pontos do sucedido. Mas há um ponto em que se engana, esse ponto é relativo ao PS. Se tem razão quando diz que o PS nada conseguiu em relação à outra eleição, também é verdade que o facto de ter conseguido manter os órgãos eleitos, com a única excepção de uma junta de freguesia, de ter aumentado a votação para a Câmara Municipal em cerca de 1000 votos, mais o de manter o numero de eleitos, 9, para a Assembleia Municipal, transforma-o num dos vencedores da noite de 9 de Outubro.
Também, Amândio S. Dantas, escreve, num artigo publicado no mesmo número do Alto Minho, a sua análise aos resultados eleitorais. No ponto 4, este colunista, faz referência ao PSD e pergunta porque é que os "tradicionais" votantes deste partido escolheram Daniel Campelo em detrimento de Manuel Trigueiro, remetendo a resposta para a tradicional divisão deste partido em facções. Não parece que este partido tenha sofrido, nestas eleições, das alegadas facções, muito mais notórias no CDS-PP e no PS. Esta candidatura, inclusive, reuniu em seu torno todas as suas estruturas, não existindo entraves a que aplicasse a sua estratégia. Não se viu ninguém deste partido a seguir os passos trilhados pela Juventude Popular, por exemplo.
Talvez o problema estivesse mesmo nas listas, na estratégia dos últimos quatro anos, na estratégia adoptada na campanha. Muitas são as hipóteses. Há um dado importante para a compreensão que o colunista se esqueceu de referir, o do historial deste partido. Aliás, como muito bem referiu o director do Alto Minho na noite de eleições, desde 1993 que o PSD tem vindo a perder eleitorado numa sucessiva má escolha de estratégias políticas. A estratégia de não fazer ondas foi penalizada e outro exemplo disso é o resultado da CDU. Quem quiser ver que veja.
Com uma campanha bem montada, errou poucas vezes, demonstrou garra bem como uma nova forma de actuar muito mais viva do que até aqui se tinha verificado em Ponte de Lima. Nos últimos anos, para além de esporádicas incursões, o único que se comparou foi António Matos da CDU que também provocava a reacção, por vezes imponderada, por parte do Presidente da Câmara.
O peso da derrota continua na praceta Vieira de Araújo. O PSD na última década tem vindo a definhar, primeiro ficou com apenas dois vereadores depois delapidou a maioria na Assembleia Municipal na mesma medida em que foi perdendo as Juntas de Freguesia, este Domingo esta trajectória suicida culminou num resultado negativamente histórico para este partido, apenas 4 Juntas de Freguesia, 1 Vereador e 13 membros da Assembleia Municipal, perdendo eleitorado em todos os órgãos autárquicos. Terá chegado o tempo deste partido arrepiar caminho? Os responsáveis decidem...
Também a CDU se juntou ao clube dos perdedores. Depois da imagem renovada, que colheu frutos há quatro anos com António Matos, nestes quatro anos deixou-se adormecer perdendo vitalidade. O resultado foi a perda de eleitorado para o PS. Sorte o BE não estar ainda organizado em Ponte de Lima.
Após as eleições esperavam-se algumas reacções, uma delas era a de Abel Baptista. Sendo um dos vencedores a sua vitória é dupla. Por um lado a lista que encabeçava venceu, conseguindo acompanhar a lista para a Câmara Municipal no aumento do número de votos. Por outro lado venceu internamente, pois algumas facções mais "conservadoras" não se rogaram de, escamoteados na JP, apelar ao não voto naquela lista com o fim de penalizar a pessoa que a encabeçava. No seu artigo do jornal Alto Minho de 14 de Outubro, Abel Baptista, faz uma análise que, na generalidade, toca todos os pontos do sucedido. Mas há um ponto em que se engana, esse ponto é relativo ao PS. Se tem razão quando diz que o PS nada conseguiu em relação à outra eleição, também é verdade que o facto de ter conseguido manter os órgãos eleitos, com a única excepção de uma junta de freguesia, de ter aumentado a votação para a Câmara Municipal em cerca de 1000 votos, mais o de manter o numero de eleitos, 9, para a Assembleia Municipal, transforma-o num dos vencedores da noite de 9 de Outubro.
Também, Amândio S. Dantas, escreve, num artigo publicado no mesmo número do Alto Minho, a sua análise aos resultados eleitorais. No ponto 4, este colunista, faz referência ao PSD e pergunta porque é que os "tradicionais" votantes deste partido escolheram Daniel Campelo em detrimento de Manuel Trigueiro, remetendo a resposta para a tradicional divisão deste partido em facções. Não parece que este partido tenha sofrido, nestas eleições, das alegadas facções, muito mais notórias no CDS-PP e no PS. Esta candidatura, inclusive, reuniu em seu torno todas as suas estruturas, não existindo entraves a que aplicasse a sua estratégia. Não se viu ninguém deste partido a seguir os passos trilhados pela Juventude Popular, por exemplo.
Talvez o problema estivesse mesmo nas listas, na estratégia dos últimos quatro anos, na estratégia adoptada na campanha. Muitas são as hipóteses. Há um dado importante para a compreensão que o colunista se esqueceu de referir, o do historial deste partido. Aliás, como muito bem referiu o director do Alto Minho na noite de eleições, desde 1993 que o PSD tem vindo a perder eleitorado numa sucessiva má escolha de estratégias políticas. A estratégia de não fazer ondas foi penalizada e outro exemplo disso é o resultado da CDU. Quem quiser ver que veja.
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