sábado, março 11, 2006

Alto Minho artigo 11-03-2006

Alento

O porta-voz do PS limiano ganhou um novo alento, vai a todas. Escreve, escreve, pecando apenas por se esquecer, por vezes, de ler o que escreve. Percebemos porquê.

Se alguém refere o seu partido, logo a resposta da clarividência dispara. Se a critica é aos outros, estamos perante democracia, se a critica é para eles, estamos perante pessoas que não estudam seriamente os assuntos. Se o fizessem, não criticavam as posições do PS que são tomadas após profundo estudo, claro. Ou então, como é óbvio, são pessoas que não conseguem encaixar a opinião dos outros. Ora aí está!

Outra preocupação, demonstrada pelo dito porta-voz, assenta sobre o que se passa internamente noutros partidos. Lamenta-se de não saber quem representa a vontade de determinada formação política. Pois a resposta parece obvia a 99% dos inquiridos, segundo os quais as Comissões Políticas são eleitas para isso mesmo e ninguém lhes rouba essa incumbência. Agora, os militantes da tal formação política são livres de exprimirem a sua opinião, sem constrangimentos ou directivas de reuniões de “staff”.

Será que o PS limiano tem tiques do antigo leste europeu? O indivíduo não terá autonomia intelectual?

Bom, pelo menos o porta-voz do PS vai ganhando algum alento.

As "obras de Santa Engrácia" de Ponte de Lima

A carta aberta do deputado Abel Baptista neste jornal foi bastante interessante e esclarecedora. Depois de a ler ficamos a pensar que se a um deputado, a empresa Águas do Minho e Lima, nem sequer se dá ao trabalho de redigir uma resposta, como reagirá perante um simples cidadãos. O certo é que nesta matéria a opinião pública parece unida na contestação.

A este propósito, Daniel Campelo, na Assembleia Municipal, afirmou que não existe obra sem buracos ou sem pó. É certo que sim, mas neste caso abusou-se, e muito, dos buracos e do pó, aliás da própria paciência dos contribuintes que não são obrigados a tê-la como Job. Basta ler e ouvir o presidente da distrital do CDS-PP, o deputado já mencionado, para se perceber o porquê.

Centros escolares

O presidente da Câmara de Ponte de Lima escolheu uma rádio de Viana do Castelo para, pela primeira vez, afirmar que apoia a política do governo socialista para a educação e que as negociações, quanto ao encerramento de alguns estabelecimentos de ensino, ainda decorrem. A política para as escolas do primeiro ciclo em Ponte de Lima foi finalmente tornada pública. O fecho de escolas e a concentração dos alunos em centros escolares é o caminho.

Já não era sem tempo. É salutar que a Câmara esteja aberta a negociar o encerramento das escolas. No entanto, no melhor pano cai a nódoa. No sábado passado, Daniel Campelo acrescentou a possibilidade das escolas, que venham a ser fechadas, reabrirem no futuro. Pese embora a concordância da oposição quanto aos Centros Escolares, não poderá alinhar em afirmações populistas como as de sábado, mas ser firme na posição que escolheu. Esta é uma nova perspectiva de ensino e deverá sê-la a longo prazo.

Talvez seja tempo, sem recorrer ao populismo, de esclarecer os pais daquilo que está em jogo.

Transporte oficial

Depois de ler um artigo de Adam Boulton, editor de política da Sky News, acerca dos transportes oficiais do governo britânico, lembrei-me da polémica que se instalou aquando da compra do primeiro transporte oficial para o presidente da Câmara de Ponte de Lima. Era Francisco Abreu Lima presidente da Câmara e a escolha recaiu sobre um Peugeot 405. Na altura, algumas vozes se insurgiram contra esta compra, perguntando para quê e porquê. Era um gasto supérfluo, diziam. Actualmente, além do BMW presidencial, existem os Peugeot’s de vereação. Passados quase vinte anos, é interessante verificar a evolução da maioria das vozes críticas. Pura demagogia populista, pois claro.

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