sexta-feira, julho 14, 2006

Alto Minho artigo 14-07-2006

Ecos da Assembleia Municipal

Durante alguns anos falou-se de uma Carta Educativa para o concelho. Ultimamente, através da VALIMAR, uma empresa levou a cabo estudos para a execução de uma Carta Educativa para os seus concelhos. Com comissões de acompanhamento em cada concelho, para proceder aos ajustes necessários, a Carta Educativa tem vindo a ser apresentada por todo o vale do Lima.

Ponte de Lima, que no último meio ano tem vindo a discutir mais publicamente este assunto, viu a sua carta aprovada na última Assembleia Municipal. Aprovada por maioria e não unanimidade. Infelizmente os votos contra, na sua maioria se não na totalidade, não foram, como deveriam ser, contra a carta educativa em si, mas sim como forma de protesto contra algum interesse bairrista sonegado pela mesma.

Infelizmente, alguns Presidentes da Junta ainda são levados por um espírito, digamos, bairrista. O mesmo espírito que lhes suscitou dúvidas no momento de votar uma moção contra a retirada total ou parcial de efectivos da PSP de Ponte de Lima. Mas, não se concordando, percebe-se a sua reacção. Não foram eles eleitos pelos habitantes de uma freguesia para defender essa mesma freguesia? O que deve mudar quanto antes é mesmo o sistema...

Por outro lado, já não se pode concordar ou perceber que alguém que foi eleito para defender os interesses do concelho se esqueça disso e vote pensando nos interesses únicos da sua freguesia. Não tendo sido eleito para o cargo que ocupa apenas pelos seus vizinhos, deveria pensar primeiro na globalidade do concelho e depois nos interesses bairristas. A Carta Educativa tem muitos aspectos criticáveis e discutíveis que poderiam motivar um voto contra: o números de centros escolares, o numero de crianças divididas pelos mesmos, o quase abandono do ensino profissional, etc, agora, evocar motivos particulares de uma freguesia é incompreensível e é um erro para quem tem responsabilidades para com o concelho.


Foi notória a ausência das juventudes partidárias neste debate, que muito lhes deveria dizer, o que, realmente, custa a perceber.


O que quis dizer Daniel Campelo, Presidente da Câmara de Ponte de Lima, ao afirmar que já há alguns Presidentes da Junta que pensam pela sua cabeça? Não pensaram eles sempre pela sua cabeça?


Acusações sem fundamento, insinuações, etc, são situações que o Presidente da Assembleia Municipal não pode tolerar durante a sessão ou no período antes da ordem do dia. Estas atitudes apenas contribuem para diminuir um órgão que deveria ser o centro do debate político do concelho.


Propostas para o mês de Julho


Desde este domingo até ao dia 24, teremos de volta o festival de Ópera e Música Clássica. A Opera Faber organiza este festival em Ponte de Lima, que já se enraizou nos hábitos culturais limianos, desde 2002. É realmente um festival a não perder.

O espaço, no S. João, chamado Expolima, irá finalmente ter uso. A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento e a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima realizam, durante os dias 10, 14, 15 e 16 deste mês, a 16ª Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais. Uma feira/festa com um forte historial no nosso concelho, que antigamente se realizava no "pavilhão multiusos do concelho", a Avenida dos Plátanos, e que este ano se realiza para os lados do S. João. Também esta a não perder.

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