Construções de edifícios públicos
Nos últimos anos, Ponte de Lima tem assistido ao crescimento de edifícios construídos ou reformulados pela Câmara Municipal a um ritmo nunca antes visto. Obras como a reformulação do Paço do Marquês, Mercado Municipal, Matadouro Municipal, Feira do Gado (agora Expolima), etc.
Um aspecto interessante é que nenhuma das obras citadas desempenham na totalidade a função para que foram construídas ou modificadas. O Paço do Marquês continua à espera de uma utilidade, o Matadouro, que foi reconstruído para casa da cultura, alberga, espera-se que temporariamente, a delegação limiana da APPACDM.
A construção criada para albergar a feira do gado apareceu, definitivamente, este fim de semana com o nome de Expolima, adquirindo assim um estatuto de parque de exposições de Ponte de Lima.
É interessante. Primeiro escolhe-se o arquitecto, depois arranjam-se alguns argumentos justificativos para a construção do edifício em causa e depois de construído, aí sim, procura-se uma real utilidade para o investimento feito.
Nas traseiras da escola secundária de Ponte de Lima cresce um edifício que se espera vir a ser a Casa da Música de Ponte de Lima. Não se esqueçam da palavra chave que é Música e não outra coisa qualquer.
Já agora, talvez fosse bom começar a preparar alguns argumentos para a casa adquirida pelo município na Além da Ponte. Os da utilidade da compra não foram muito bem compreendidos, pode ser que os do restauro venham a ser. Quem sabe.
Um aspecto interessante é que nenhuma das obras citadas desempenham na totalidade a função para que foram construídas ou modificadas. O Paço do Marquês continua à espera de uma utilidade, o Matadouro, que foi reconstruído para casa da cultura, alberga, espera-se que temporariamente, a delegação limiana da APPACDM.
A construção criada para albergar a feira do gado apareceu, definitivamente, este fim de semana com o nome de Expolima, adquirindo assim um estatuto de parque de exposições de Ponte de Lima.
É interessante. Primeiro escolhe-se o arquitecto, depois arranjam-se alguns argumentos justificativos para a construção do edifício em causa e depois de construído, aí sim, procura-se uma real utilidade para o investimento feito.
Nas traseiras da escola secundária de Ponte de Lima cresce um edifício que se espera vir a ser a Casa da Música de Ponte de Lima. Não se esqueçam da palavra chave que é Música e não outra coisa qualquer.
Já agora, talvez fosse bom começar a preparar alguns argumentos para a casa adquirida pelo município na Além da Ponte. Os da utilidade da compra não foram muito bem compreendidos, pode ser que os do restauro venham a ser. Quem sabe.
Desemprego
A taxa de desemprego em Ponte de Lima começa a ser preocupante. Ao contrário dos outros vizinhos, mais pequenos até, em Ponte de Lima esta continua a crescer.
Desde o inicio do ano que, mês sim, mês não, somos confrontados com o fecho de uma unidade fabril. Este factor associado à frustração da vinda, para terras limianas, de investimentos como o IKEA e a COBRA demonstram que algo não está a correr bem relativamente ás opções políticas determinadas para a economia limiana.
Bem sei que depois do mundial e da actual época de banhos, estes são tempos difíceis para a oposição alertar e apontar outro caminho. No entanto, é necessário estar atento aos indicadores que vão surgindo. E, pelo que temos vindo a assistir nestes últimos sete meses, não haverá ensino de castelhano ou de chinês que resulte. A não ser... Bem, que este sirva para nos preparar, a nós limianos, para os tempos de imigração que aí vem. É que embora a aposta turística limiana por vezes pareça ter semelhanças com as reservas de índios das “américas” nós não podemos propriamente sentarmo-nos todos junto à tenda do chefe a manufacturar algum tipo de genuína recordação “certificada”, esperando que daí advenha o sustento dos nossos filhos.
Desde o inicio do ano que, mês sim, mês não, somos confrontados com o fecho de uma unidade fabril. Este factor associado à frustração da vinda, para terras limianas, de investimentos como o IKEA e a COBRA demonstram que algo não está a correr bem relativamente ás opções políticas determinadas para a economia limiana.
Bem sei que depois do mundial e da actual época de banhos, estes são tempos difíceis para a oposição alertar e apontar outro caminho. No entanto, é necessário estar atento aos indicadores que vão surgindo. E, pelo que temos vindo a assistir nestes últimos sete meses, não haverá ensino de castelhano ou de chinês que resulte. A não ser... Bem, que este sirva para nos preparar, a nós limianos, para os tempos de imigração que aí vem. É que embora a aposta turística limiana por vezes pareça ter semelhanças com as reservas de índios das “américas” nós não podemos propriamente sentarmo-nos todos junto à tenda do chefe a manufacturar algum tipo de genuína recordação “certificada”, esperando que daí advenha o sustento dos nossos filhos.
Apatia
Um dos lamentos que se costuma ouvir da boca de alguns políticos depois das eleições é que os cidadãos não participam na vida cívica. É bem verdade. São cada vez mais os cidadãos, cuja única participação cívica é em algum inquérito, ou entrevista de rua, ou conversa de café principalmente de for para criticar os políticos. A verdade é que todos temos um pouco de políticos, logo somos todos culpados. Os políticos que fazem política activa são culpados por serem os primeiros a caírem na tentação da apatia, veja-se o caso dos partidos políticos, o cidadão comum, porque, tendo a responsabilidade de entrevir na vida da comunidade, prefere a auto-desculpa de culpar os outros.
Há um passo inicial e importante a dar a começar por dentro dos partidos. Estes não podem ficar reféns de pequenos interesses, de pequenos lobbies. A apatia dentro dos próprios partidos, no sentido de envolver os seus militantes na construção de políticas, é cada vez mais uma realidade generalizada. Os militantes que outrora “vestiam a camisola” e apareciam não só nas campanhas eleitorais mas também nas reuniões partidárias, desapareceram, são agora um número, um número apático, uma massa anónima que se quer controlada e pouco participativa.
A nossa democracia assenta, bem ou mal, nos partidos. Continuar na apatia reinante é pô-la em cheque. É sempre bom saber história, ainda se lembram do 28 de Maio?
Há um passo inicial e importante a dar a começar por dentro dos partidos. Estes não podem ficar reféns de pequenos interesses, de pequenos lobbies. A apatia dentro dos próprios partidos, no sentido de envolver os seus militantes na construção de políticas, é cada vez mais uma realidade generalizada. Os militantes que outrora “vestiam a camisola” e apareciam não só nas campanhas eleitorais mas também nas reuniões partidárias, desapareceram, são agora um número, um número apático, uma massa anónima que se quer controlada e pouco participativa.
A nossa democracia assenta, bem ou mal, nos partidos. Continuar na apatia reinante é pô-la em cheque. É sempre bom saber história, ainda se lembram do 28 de Maio?
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