Pedreiras
Quando se fala da problemática da extracção e transformação de pedra, em Ponte de Lima, geralmente fala-se das condições desumanas da actividade e também em alguns atentados ambientais. Na realidade, desde a década de 90 que se vem assistindo a alguns casos de verdadeiros atentados ao património de todos nós perpetuados por alguns exploradores da pedra com menos escrúpulos. Felizmente não é a maioria. Mas uma minoria que muito "dá nas vistas".
Não estão em causa as pessoas que vemos geralmente nas bermas da estrada das "pedras finas" e que exercem um dos trabalhos mais pesados do nosso concelho, em condições paupérrimas. O que está em causa é exploração selvagem de um recurso natural pertença de todos.
Este sector está dividido em duas partes, por um lado a da extracção, por outro a da transformação da pedra. O problema começa na extracção. Quantos são os que cumprem as licenças de extracção, os limites, as obrigações pós exploração, etc? Podem alguns tapar o sol com a peneira querendo limitar o debate à arte que sai do cinzel dos artistas, mas o que se vem a observar na Serra d'Antelas (para quem não sabe é aquele monte com aspecto de ter sido bombardeado junto ao monte de Santo Ovidio em Arcozelo) é a destruição do diamante que há anos tem alimentado várias famílias de Ponte de Lima. Por isto mesmo esta atitude não pode ficar impune, algo tem que ser feito.
Não é apenas a questão estética, como alguns gostam de alcunhar este assunto, que está em causa, é, acima de tudo, o património ambiental que todos temos, a responsabilidade de manter e preservar para os nossos descendentes o que está em causa. A exploração tem que ser regrada, aliás como manda a lei. O lucro fácil e ilícito de alguns não deve, não pode sobrepor-se ao interesse colectivo. Da mesma forma que os direitos laborais deverão ser respeitados (basta falar com alguns dos trabalhadores e não só com os patrões, para se encontrar uma realidade por vezes pouco clara), também as questões ambientais deverão estar sempre presentes.
O meu avô, Manuel Ferreira de Barros, foi um dos primeiros industriais da extracção de pedra (designação oficial da altura que em quase nada se coadunava com a realidade) e sei como a actividade era bastante regrada e inspeccionada. Várias eram as licenças, difíceis de obter, que tinham que ser cumpridas à risca. Infelizmente, hoje não parece ser assim e qualquer penedo que apareça no monte é logo bafejado com a sorte de levar com o martelo pneumático.
Não estão em causa as pessoas que vemos geralmente nas bermas da estrada das "pedras finas" e que exercem um dos trabalhos mais pesados do nosso concelho, em condições paupérrimas. O que está em causa é exploração selvagem de um recurso natural pertença de todos.
Este sector está dividido em duas partes, por um lado a da extracção, por outro a da transformação da pedra. O problema começa na extracção. Quantos são os que cumprem as licenças de extracção, os limites, as obrigações pós exploração, etc? Podem alguns tapar o sol com a peneira querendo limitar o debate à arte que sai do cinzel dos artistas, mas o que se vem a observar na Serra d'Antelas (para quem não sabe é aquele monte com aspecto de ter sido bombardeado junto ao monte de Santo Ovidio em Arcozelo) é a destruição do diamante que há anos tem alimentado várias famílias de Ponte de Lima. Por isto mesmo esta atitude não pode ficar impune, algo tem que ser feito.
Não é apenas a questão estética, como alguns gostam de alcunhar este assunto, que está em causa, é, acima de tudo, o património ambiental que todos temos, a responsabilidade de manter e preservar para os nossos descendentes o que está em causa. A exploração tem que ser regrada, aliás como manda a lei. O lucro fácil e ilícito de alguns não deve, não pode sobrepor-se ao interesse colectivo. Da mesma forma que os direitos laborais deverão ser respeitados (basta falar com alguns dos trabalhadores e não só com os patrões, para se encontrar uma realidade por vezes pouco clara), também as questões ambientais deverão estar sempre presentes.
O meu avô, Manuel Ferreira de Barros, foi um dos primeiros industriais da extracção de pedra (designação oficial da altura que em quase nada se coadunava com a realidade) e sei como a actividade era bastante regrada e inspeccionada. Várias eram as licenças, difíceis de obter, que tinham que ser cumpridas à risca. Infelizmente, hoje não parece ser assim e qualquer penedo que apareça no monte é logo bafejado com a sorte de levar com o martelo pneumático.
IKEA vrs. Jardins Temáticos
Comparar o investimento em Portugal da IKEA aos Jardins Temáticos de Ponte de Lima e ao seu possível impacto na economia limiana é pura fantasia retórica. Primeiro porque o IKEA não veio para Ponte de Lima, segundo porque é comparar o incomparável. Mas porque alguns incautos poderão pensar que os Jardins limianos trazem mais receitas para Ponte de Lima que o IKEA, talvez não seja mau escrever o seguinte.
Para os defensores da tese anterior, a boa imagem que os Jardins dão de Ponte de Lima são um pólo de atracção traduzindo-se numa mais valia tal para os comerciantes limianos que o investimento IKEA não conseguiria, certamente, ultrapassar.
Ora, na semana passada, o "Jornal de Negócios" trazia uma notícia onde se podia ler que o IKEA iria implementar três unidades de produção de mobiliário. O investimento, segundo o mesmo jornal, irá ascender aos 135 milhões de euros e irá criar 1.500 postos de trabalho directos e indirectos. A matéria-prima será 60% portuguesa.
Bom, o que são 1500 postos de trabalho comparados com a mais valia inerente à visita de um qualquer presidente de um clube de jardineiros da baixa Saxónia? Mais 1500 pessoas com um rendimento fixo de/a "fazerem" a sua vida em Ponte de Lima?
Realmente não se compara com os rendimentos que os visitantes dos nossos Jardins deixam no concelho limiano.
Serei eu um milhafre?
Para os defensores da tese anterior, a boa imagem que os Jardins dão de Ponte de Lima são um pólo de atracção traduzindo-se numa mais valia tal para os comerciantes limianos que o investimento IKEA não conseguiria, certamente, ultrapassar.
Ora, na semana passada, o "Jornal de Negócios" trazia uma notícia onde se podia ler que o IKEA iria implementar três unidades de produção de mobiliário. O investimento, segundo o mesmo jornal, irá ascender aos 135 milhões de euros e irá criar 1.500 postos de trabalho directos e indirectos. A matéria-prima será 60% portuguesa.
Bom, o que são 1500 postos de trabalho comparados com a mais valia inerente à visita de um qualquer presidente de um clube de jardineiros da baixa Saxónia? Mais 1500 pessoas com um rendimento fixo de/a "fazerem" a sua vida em Ponte de Lima?
Realmente não se compara com os rendimentos que os visitantes dos nossos Jardins deixam no concelho limiano.
Serei eu um milhafre?
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