quinta-feira, novembro 30, 2006

Alto Minho artigo de 30-11-2006

De novo os protestos

Os pais dos alunos da freguesia da Gemieira voltaram à comunicação social. As promessas feitas pela Câmara Municipal não estão, na perspectiva destes, a ser cumpridas.

A forma como a Câmara Municipal de Ponte de Lima tem vindo a abordar toda esta questão não tem sido a melhor. A falta de coragem, numa primeira fase, em assumir claramente o rumo e, posteriormente, o deixar andar ao abrigo de um disfarçado consenso para mais tarde actuar foi um mau princípio. Este tema, pela sua sensibilidade, merecia ser abordado de outra forma.

O vereador da Educação questionado pela comunicação social remeteu para o Presidente da Câmara. No passado, o Presidente da Câmara apenas intervinha para tentar remediar os danos. Será, então, que esta atitude tem significado político? Sendo que o vereador em causa é um dos que mais intervêm publicamente, perante esta atitude, a resposta é claramente positiva. Depois de retirar a responsabilidade da Feira ao vereador Gaspar Martins, ainda não explicada, estará o Presidente a preparar-se para assumir a Educação?

Opções e questões

Na passada semana, a população da freguesia da Feitosa reuniu-se para discutir um assunto de interesse colectivo. O motivo foi a possível (?) construção de uma rotunda no cruzamento que dá acesso a uma superfície comercial. A nova rotunda passará a servir, também, outra superfície comercial que lá está a ser construída. De facto, a construção de uma rotunda neste local custa a compreender ainda para mais quando esta superfície poderia ter como acesso a estrada nacional. Juntar os acessos das duas grandes superfícies num só local será a melhor escolha?

Com a solução que se perfila, a freguesia da Feitosa vê o principal acesso ao seu centro cívico aumentar significativamente o fluxo de trânsito com tudo o que de mal daí advém. Não existirá alternativas?

Participação cívica

Não sei qual é o problema de algumas pessoas que por um lado se queixam da falta de participação cívica e por outro parecem querer controlar a que existe. Se alguém quer participar civicamente deverá, segundo estes, fazê-lo em "locais próprios", entenda-se assembleias e afins, ou então em locais criados, por eles, como é evidente, especificamente para o efeito. Quem opina criticamente noutros locais então, e certamente, cairá no descrédito. É que essa opinião “não é respeitada nem pelos seus amigos” dizem eles. Se querem mesmo fazer a diferença, façam-no com toda a liberdade, em locais mantidos por nós, aí sim podem criticar ou então “dizer bem”. Eis a mensagem desses "impulsionadores" da participação cívica.

Pois eu acho que a participação cívica assenta num pressuposto essencial que é a liberdade. Cada um é livre de se exprimir, democraticamente, onde quiser, sobre a forma que lhe aprouver. Em jornais, em vídeo, em fotografia, em revistas, na rádio, na TV, etc. E, vejam lá, que até mesmo em blogs...

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