terça-feira, fevereiro 06, 2007

Alto Minho artigo 06-02-2007

Para quê?

Sempre pensei que o Governador Civil, para além da função de agente político do governo, fosse também o principal porta-voz da população do seu distrito. Infelizmente, em Viana do Castelo, não parece ser o caso. Sempre que há uma reunião entre o Governador Civil e o governo, este trata logo de avisar previamente que não espera alcançar nenhum resultado. À partida já está derrotado.

Depois de ouvir as declarações do nosso Governador Civil sobre a reunião que o juntou com o Ministro que tutela as polícias, parece que podemos depreender que a PSP está condenada a sair de Ponte de Lima e o seu comando passar para Braga.

É por estas e por outras que volta e meia há quem se questione acerca da necessidade de Governadores Civis.

União das Regiões de Turismo

O governo quer, alguns autarcas também, Defensor Moura, autarca de Viana do Castelo, prefere ficar sozinho a contar navios.

Certamente a questão económica terá um peso enorme para a união da Região de Turismo do Alto Minho com a Região de Turismo do Verde Minho, mas não se pode esquecer que há também uma razão de escala.

Se pensarmos seriamente, pelas suas características até que faz sentido unir estas regiões. Mas, ao fazê-lo, que se faça de forma correcta, e essa forma passa por localizar o "centro de operações" no distrito de Viana do Castelo, na região que tem, de facto, maior capacidade logística.

Mas, e Francisco Sampaio, o senhor turismo no Alto Minho, onde fica no meio disto? Sampaio fez um bom trabalho, o Turismo do Alto Minho deve-lhe muito, mas é preciso saber quando se deve parar, quando se deve retirar. Esta é a melhor altura para uma saída com a grandeza que merece.

Editora Municipal

Por vezes a Câmara Municipal parece ter uma editora municipal, tal é o seu envolvimento na edição de alguns livros. Não me parece errado, bem pelo contrário, que a Câmara Municipal, através do pelouro da cultura, tenha uma política de apoio e incentivo à edição. Há, no entanto, que ter em atenção alguns aspectos a começar pela definição de parâmetros que levarão, ou não, ao tal apoio. Estes deverão ser públicos, não deixando lugar para ambiguidades.

A política não poderá ser a dos lindos olhos do autor, mas deverá ter em conta a mais valia cultural que essa publicação trará ao concelho e, sempre que corresponder aos tais parâmetros predefinidos, o autor poderá contar com o apoio municipal para a edição (divulgação).

Já agora, e por falar em edições, o que foi feito da revista municipal? É que nem on-line nem em papel. Será mais um projecto "fogo de artifício" da Câmara Municipal? Ou já não interessa como veículo publicitário?

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