terça-feira, fevereiro 13, 2007

Alto Minho artigo 13-02-2007

Obviamente…

As forças de segurança retiram-se, as urgências passam a “serviços básicos”, as escolas fecham, as direcções dos serviços da administração central deslocam-se para o distrito vizinho, etc, etc. Algo não bate bem. Ou o governo vendeu o distrito de Viana do Castelo ou então quê-lo transformar em “terra de ninguém”, talvez entre o “inimigo” galego e Portugal.

As últimas notícias sobre encerramentos recaem nas escolas EB23, aquelas que foram construídas nas últimas duas décadas. Não se percebe como se aceitam as cartas educativas aprovadas nos dois vales do Alto Minho e depois, isto… Ao que parece, segundo o deputado e presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, Abel Baptista, tudo não passa de um capricho de um qualquer funcionário do Ministério da Educação.

Tudo fecha, tudo se desloca, e os nossos responsáveis? Infelizmente a desunião do distrito dá nestas coisas.

Como não há eleição para Governador Civil, não há prestação de contas ao eleitorado mas sim a quem o nomeou. Assim sendo, quando vê o seu distrito esventrado por uma política cega e se sabe os seus nefastos resultados, só restam duas alternativas, ou se demite de fazer algo, ficando para a história como ajudante de cangalheiro, ou faz frente, não tendo receio de demonstrar o erro do governo nem de, se necessário, apresentar a demissão do cargo não sendo, assim, conivente com a delapidação do seu distrito.

Gemieira e a zona industrial

A maior zona industrial de Ponte de Lima, a da Gemieira, tem um aspecto decrépito, de abandono. As promessas e esperanças foram muitas mas a realidade não se compadeceu com estas. Enquanto as zonas industriais do concelho vizinho de Arcos de Valdevez se enchem de novas empresas e industrias, a da Gemieira vê duas das cinco que lá laboram fechar as portas.

Um dos maiores problemas do concelho é o desemprego e não se pode culpar a região ou a conjuntura. A verdade é que grande parte deste resulta de más opções políticas de quem governa para mais de uma década. A falta de um plano estratégico para o concelho dá os seus frutos e não há medidas avulsas, que num ano existem e no outro já são uma miragem, que mudem esta situação.

Freguesias

Na reunião de há quinze dias da Câmara Municipal de Ponte de Lima ficou esclarecida uma verdade para a qual a oposição já vem alertando há muito, a Câmara Municipal tem como princípio apostar na sede de concelho em detrimento das freguesias.

A propósito do não investimento directo da Câmara Municipal no Monte da Madalena, na freguesia de Fornelos, o vereador Gaspar Martins foi dizendo que "as pessoas não vão à Madalena porque a vila oferece tudo o que precisam". Esta é uma frase que define na perfeição a política da Câmara para com as freguesias. Estas são apenas a paisagem que dá o pitoresco ao desfile das Feiras Novas ou à já anunciada Feira dos Cavalos.

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