quinta-feira, abril 12, 2007

Alto Minho artigo 12-04-2007

Páscoa
O dia “acordou” sorridente. Logo pela manhã já ecoava por todo o vele do Lima o rebentar dos foguetes. “Jesus ressuscitou, aleluia!” Eis a frase que desde cedo se começou a ouvir por muitas casas alto minhotas.

A Páscoa em Ponte de Lima ainda é o que era. O compasso a passar de casa em casa, sendo os de Fontão e Vitorino das Donas os mais conhecidos, as pessoas estão mais alegres e receptivas, visitam as casas vizinhas e, porque não, abusam das doçarias. O tempo em que só os párocos lideravam os compassos já lá vai. Na sede de concelho, na paróquia de Santa Maria dos Anjos, podia-se, num primeiro momento, ouvir o pároco José Sousa, Arcipreste de Ponte de Lima, a apelar para o voluntariado e num segundo, a congratular-se pela presença dos jovens.

Realmente a Páscoa, no sentido da vivência humana, ainda se vai mantendo no nosso concelho, fruto da dedicação de muitos que abdicando do conforto do lar, da companhia da família, calcorreiam os caminhos limianos. Lembro-me que já há longos anos passam lá por casa Jorge Ferreira, Carlos Lima e José Maria Rocha. Páscoa após Páscoa, lá aparecem eles mantendo a tradição da visita do compasso pascal.

Este ano o dia de Páscoa terminou de forma bem diferente da que tinha iniciado, a chuva apareceu e dificultou o trabalho dos compassos. Dificultou, mas não impediu. Os voluntários continuaram firmemente, casa após casa, escada após escada, “Jesus ressuscitou, aleluia, aleluia! Paz a esta casa, aleluia, aleluia!”

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