sexta-feira, outubro 26, 2007

Alto Minho artigo 26-10-2007

Pedreiras

O assunto “pedreiras” é quase tabu em Ponte de Lima. Se por um lado é um dos grandes pilares económicos do concelho é também (agora a parte tabu) um dos sectores aparentemente com menor aplicação da regulamentação existente. Já se escreveu muito sobre este assunto e várias foram as explicações dadas. Alegou-se que as explorações estavam a ser acompanhadas por técnicos, que as regras estavam a ser cumpridas… A verdade é que o impacto ambiental e visual é uma realidade incontornável (e não é só visível do largo de Camões…). A Junta de Freguesia de Arcozelo tem feito um esforço louvável para que as mudanças inadiáveis tenham o menor impacto possível num sector que, pese embora a sua importância, por vezes parece ter pés de barro.

Em todo o caso, algo tem ser feito na parte ambiental. Manuel Fernandes já escreveu que com a reflorestação da serra de Antelas o impacto seria menor. Talvez, mas nada tem sido feito nesse sentido e, na verdade, não é só o impacto visual que está em causa. No entanto, não é só na freguesia de Arcozelo que existe este problema. A freguesia de Fornelos também alberga uma exploração que mais parece uma cratera espacial.

Muitos da “inteligenttia” limiana dir-me-ão que as explorações de pedra são mesmo assim, e assobiarão para o lado com medo, quiçá, de perder alguns votos. Lamento, mas se é verdade que em todas as indústrias existem danos colaterais, não o é menos que estes têm de ser minimizados ao máximo. A responsabilidade começa precisamente nos industriais até, e se não fosse por mais nada, como responsabilidade social das próprias empresas para com a comunidade.

Estacionamento selvagem “pesado”

Na zona da escola primária da Freiria em Arcozelo, mais precisamente na estrada nacional que a ladeia, estavam, numa noite da semana passada, seis camiões TIR estacionados. Esta é uma zona bem localizada e procurada pelos camionistas para estacionamento.

E que importância tem este facto? A importância de significar menor segurança quer para os condutores quer para os peões. Não consigo, por isso, perceber o porquê do adiamento da construção do parque TIR no terreno comprado e anunciado para o efeito, na saída da auto-estrada na Ribeira. Será que a Câmara Municipal pensa que o assunto se resolve por si só? É que o exemplo dado em cima é não passa disso mesmo, um exemplo, a situação multiplica-se um pouco por todo o concelho. Até quando se arrastará este problema de (in)segurança rodoviária?

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