sexta-feira, dezembro 28, 2007

Alto Minho artigo de 28-12-2007

Infra-estruturas

A Câmara Municipal de Ponte de Lima aprovou, penso que por unanimidade, a abertura do concurso público internacional para a construção de um Centro de Congressos e Pavilhão Multiusos, no valor de 7,5 milhões de euros. A Câmara Municipal de Viana do Castelo adjudicou, também na semana passada, a construção do Coliseu de Viana do Castelo por 11,2 milhões de euros.

O Centro de Congressos e Pavilhão Multiusos de Ponte de Lima incluirá cabines de tradução simultânea e cinco salas com a capacidade total para cerca de 1350 pessoas, estará vocacionada para espectáculos de grandes produções, cinema, congressos, etc. Já o Coliseu de Viana do Castelo (gosto do nome, é pomposo…) terá a capacidade máxima de 4000 pessoas e será palco para grandes exposições, circo, congressos, espectáculos musicais e desportivos.

Num distrito com enormes carências estruturais (sociais, económicas, etc), sem qualquer sentido estratégico, dois concelhos vizinhos investem no mesmo, sabendo de antemão que a concorrência neste tipo de infra-estruturas é enorme, está bem perto e já enraizada.

Afinal, para que servem as associações de municípios se não conseguem coordenar os investimentos, pensando-os numa escala regional?

Tempo de solidariedade

Esta altura do ano é propícia a sentimentos de solidariedade, pelo menos anuais. Mas, nesta altura, mais importante que esses sentimentos sazonais, por vezes eunucos, é o trabalho daqueles que se dão ao longo do ano. Já várias vezes referi o trabalho de instituições como a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, entre outros. Hoje parece-me importante referir o trabalho e o exemplo de uma pessoa, Jorge Ferreira. Sim, o locutor que anima as “ondas” da Rádio Ondas do Lima das 6 às 8 horas da manhã.

E porquê ele neste contexto? A resposta está no seu programa, o Romper da Aurora. Começa cedo, é certo, mas para perceber basta ao leitor ouvir o programa e logo se aperceberá que diariamente este locutor leva aos seus ouvintes sentimentos únicos de amizade, de humanidade, de carinho até. Há toda uma comunidade que, todos os dias, ouve o programa e interage com ele. Desde o desejo de melhoras ao de parabéns, a partilha de sentimentos está para lá dos circunstanciais telefonemas de um programa de rádio com linha aberta. Aqui há um sentimento de pertença. É através deste programa radiofónico que muitos dos ouvintes encontram companhia (por vezes a única) logo pela manhã.

Solidariedade é também isto, poder tocar positivamente a vida dos outros.

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