sexta-feira, março 07, 2008

Alto Minho artigo de 07-03-2008

Coragem de mudar

O PSD por estas bandas está em mutação. A Comissão Política Distrital apresenta novas caras, novos cargos e secretarias. Por Ponte de Lima, como já aqui escrevi, a cara de topo é nova e, apesar de associada a muito do passado, parece apostada em mudar. E mudar, nas circunstâncias em que o PSD está a nível local, é francamente positivo.

Filipe Viana, o novo rosto da Comissão Política Concelhia de Ponte de Lima, terá que ter bastante força e coragem se realmente quiser mudar. Primeiro terá que mudar o paradigma reinante no partido. Terá que reorganiza-lo, juntá-lo, criando paulatinamente uma alternativa credível, com políticas credíveis, amplas e exequíveis capazes de irem ao encontro das necessidades dos limianos.

Deve também ter coragem para mudar os protagonistas. Na última década e meia, eles têm sido os mesmos, eleições atrás de eleições. Essa eternização de protagonistas teve como resultado a péssima votação obtida pelo PSD nas últimas eleições autárquicas.

Filipe Viana deve ter coragem de apresentar novas caras, novos protagonistas. Pessoas preparadas, que sejam o novo rosto das novas políticas do PSD.

Deve começar por um dos lugares de topo da representatividade autárquica. Pelo único vereador do PSD. Ter como protagonista no executivo municipal o rosto da pior derrota do PSD numas eleições autárquicas não será o melhor caminho para demonstrar que o PSD é a alternativa. A lista que o PSD apresentou nas últimas autárquicas tem outros rostos, rostos mais novos, sem as conotações negativas que muitos anos e muitos cargos políticos geralmente acarretam. Por ventura o lugar de vereador até já foi posto à disposição, mas se não foi, o novo líder o PSD de Ponte de Lima, se quer mudar algo, deve começar por apagar a imagem perdedora e o rosto dessa imagem, substituindo Manuel Trigueiro.

Saudade

É deveras intrigante como podemos ter saudades de “coisas” que não vivemos. A freguesia de Refoios suscita em mim esse sentimento. A vida comunitária das espadeladas, das desfolhadas, do ciclo do linho… Várias vezes passeio por lá, pelos campos, junto ao rio Lima, pela Vacariça... Claro que, por mais voltas que dê, não encontro a Refoios que levo na ideia. A Refoios que a minha avó Glória me descreveu. Refoios representa o que de mais belo Ponte de Lima tem, a montanha, os campos, o rio e acima de tudo as pessoas. A minha avó foi fruto destes factores. Um fruto do qual já tenho imensas saudades.

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