segunda-feira, outubro 27, 2008

Alto Minho artigo de 27-10-2008

Estacionamento e trânsito em geral

Ultimamente têm-se lido algumas críticas sobre a forma como o trânsito tem sido gerido em Ponte de Lima. Criticam-se algumas opções de STOP, proibições de estacionamento e sentido do trânsito em algumas artérias. Um dos espaços mais criticados é a área junto à escola básica do 1º ciclo da vila de Ponte de Lima. Como a crítica já subia de tom, o vereador que coordena o trânsito em Ponte de Lima sentiu, e bem, a “obrigação” de vir a público esclarecer alguns pontos. Por um lado, esta é uma questão que preocupa o vereador, mas, por outro, afirma que “da maneira que está, está muito bem”.

A verdade é que não está muito bem, mas o verdadeiro problema é que o vereador em causa, nomeadamente no caso junto à já referida escola básica, na verdade, não é o responsável pelo “caos” que por lá se vive nas “horas de ponta”. O verdadeiro culpado é o vereador da educação e, em última análise, Daniel Campelo, se não vejamos. O verdadeiro problema é a localização da escola, num local que, para o paradigma actual, não apresenta condições logísticas capazes de colmatar o problema que resulta do estacionamento selvagem. De facto, a escola de Ponte de Lima já deveria ter sido deslocalizada para outra área, por exemplo para junto do jardim-de-infância, agrupando as crianças de outras áreas como parte da Feitosa e Arca.

Já agora, dois pontos muito rápidos. O primeiro, tendo como base um argumento que li no último Alto Minho, proibir o estacionamento no largo de Camões apenas por razões estéticas não parece ser um grande argumento, é que talvez os limianos estejam “fartos” de fazer sacrifícios apenas para inglês ver (e antes fossem mesmo ingleses). O outro, e ainda relativamente à entrevista de Gaspar Martins, é que parece um pouco desconexo que quem acha que o Areal, e a sua capacidade para absorver as viaturas das pessoas que se deslocam ao centro histórico, é “o principal responsável pelo crescimento e desenvolvimento a nível do comércio em Ponte de Lima” seja apologista, e não vai assim há muito tempo, do pagamento do estacionamento nesse mesmo areal.

Porquê este tabu?

Ser tão difícil a quem dirige os destinos do concelho de Ponte de Lima há mais de uma década decidir se é recandidato ou não (Daniel Campelo disse que apenas daria a conhecer a sua decisão na Primavera) apenas demonstra que o concelho de Ponte de Lima deixou de ter interesse para Campelo. Para este, Ponte de Lima já não é um desafio. É compreensível que assim seja, os anos já são muitos e a acomodação já se nota. Esperemos pela Primavera, aí desabrocharão as flores e os nomes dos candidatos europeus…

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