segunda-feira, março 15, 2010

Artigo n'O Povo do Lima

Nova era

Vitor Mendes tem recusado, em várias entrevistas, fazer qualquer tipo de comparações com o anterior presidente da Câmara alegando diferenças de estilo, de personalidade. Mas é precisamente aí que se encontra o que parece ser uma nova forma de estar do poder autárquico limiano.

Bem sei que ainda é cedo, que os velhos e intrincados “procedimentos” já levam muitos anos no terreno e não acabam de um mês para o outro, mas que já se nota uma diferença e pela positiva, lá isso nota. O último sinal dessa diferença foi a aprovação na última Assembleia Municipal da proposta do PSD "Um Rio Próximo das Pessoas". Mas existem mais exemplos como o dos conteúdos divulgados na página Web do Município com a utilização das ferramentas sociais que permitem o envio de informação pertinente aos munícipes e que se espera que rapidamente tenha dois sentidos, município – munícipes e munícipes – município. Já agora, porque não a transmissão online das reuniões públicas da Câmara Municipal e as da Assembleia Municipal?

O caminho ainda é longo, muitas são ainda as vozes que duvidam da verdadeira influência do vice-presidente, mas os sinais que chegam, para já, são mais positivos que negativos.

Recusar cair

Numa cena de um dos meus filmes favoritos “Wall Street – Money Never Sleeps” a determinada altura, é dita a seguinte frase “a maior grandeza de um homem é chegar ao abismo, olhar para ele e ter a capacidade de recusar cair afastando-se do mesmo”.

Gaspar Castro foi o último candidato do PSD a conseguir permanecer na casa dos 30%, alcançando 37,74% contra os 45.71% do CDS, isto em 1993.

Desde esse ano, novos protagonistas entraram paulatinamente em cena, Manuel Trigueiro, Pedro Ligeiro e finalmente Filipe Viana. Mas estes não conseguiram introduzir uma dinâmica de vitória, de alternativa ao poder centrista, bem pelo contrário, o PSD desde 1993, entrou numa espiral de perda constante de eleitorado, passando para a casa dos 23,99 % com Francisco Abreu Lima, em 1997; 23,62%, em 2001, com João Mota; 21,13%, com Manuel Trigueiro, em 2005 e finalmente, com Filipe Viana, em 2009, 20,25%.

Sem comentários: