quarta-feira, setembro 01, 2010

Artigo n'O Povo do Lima

Feiras Novas

O som dos foguetes dão o sinal, é tempo de seguir para a rua. O acordar, esse deu-se com o burburinho das pessoas a percorrer as ruas em direcção à velhinha ponte… Já na rua o som inconfundível dos bombos dos zés pereiras ecoam por todas as esquinas fazendo-nos estremecer.
Chegando à ponte, na zona da igreja de Santo António a panorâmica é inconfundível, o areal do Lima foi invadido por tendas, divertimentos e, acima de tudo, por pessoas.
As Feiras Novas ainda são essencialmente isso, são as pessoas que fazem a festa. A organização, que tem realmente um trabalho hercúleo, dá o mote, mas a festa sai dos limianos e dos milhares de pessoas que nos visitam nesse fim-de-semana. Por isso, estas festas são tão procuradas, nelas há lugar para a tradição e para a inovação, para a cultura, para a diversão, festa para os mais velhos e para os mais novos. Ao contrário de outras grandes festas, não se confina aos cortejos, mas também não seria a mesma coisa sem eles.
Perdeu-se alguma da tradição de “peregrinação” das aldeias para a vila com todo o folclore dessa deslocação, fruto, por exemplo, do transporte individual, mas por outro lado ganhou-se a visita de forasteiros que desafiados por muitos limianos, ano após ano, se deslocam e pernoitam por cá para usufruírem, viverem a maior festa popular do Alto Minho.

Areal

Com bastante rapidez, tendo em conta o caso das obras do Arnado que continuam embargadas e ao abandono, as obras no areal já retomaram o seu curso. A Câmara Municipal teve que reformular o projecto e destruir o murete que tinha construído ilegalmente junto e por de baixo da ponte medieval.
Deste processo retiram-se a gestão do espaço público de forma quase leviana bem como a falta de respeito para com a legalidade e para com os limianos que não foram tidos nem achados num projecto que mudará profundamente a imagem do cartão de visitas do nosso concelho.
Depois deste puxão de orelhas, espera-se que a “lição” tenha sido aprendida para que de futuro quer o espaço, quer o dinheiro, quer as expectativas dos limianos sejam tidas em conta pela Câmara Municipal.

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