Reforma administrativa
Já muita tinta tem corrido por causa deste tema. A reforma administrativa vai mudar a geografia política e organizativa do país. Uma mudança profunda acarreta sempre receios e medos, mas, se pensarmos que, noutros tempos, outras reformas tão ou mais bruscas foram implementadas verificamos que o tempo acaba por apagar todos os receios que naturalmente estas situações provocam. Alguém ainda se lembra ou quereria voltar aos antigos concelhos? Quantos existiam e que passaram a fazer parte do concelho de Ponte de Lima?
O que é necessário é um forte diálogo entre os diferentes actores, tendo sempre em mente a melhoria da articulação dos cidadãos com a administração.
Mas esta reforma não se cinge, unicamente, à fusão de freguesias. A reforma vai mais longe e entra na própria organização política dos Municípios. Embora sem extinção ou agregação de concelhos, os executivos municipais vão sofrer uma mudança profunda. Serão constituídos por menos vereadores e o cabeça de lista mais votado para a Assembleia Municipal é que, por sua vez, os escolhe de entre dos eleitos da Assembleia. Uma mudança interessante que vai ao encontro da realidade.
Eleições autárquicas
Na passada semana, fez 2 anos sobre as eleições autárquicas de 2009. Dois anos depois, fazendo um balanço, verifica-se que a reforma de que se falou acima, no que concerne ao executivo municipal, é realmente imperativa.
Democracia
Todos, ou quase todos, aceitam e querem a democracia. Para muitos é importante “anunciar” os pergaminhos da luta, por vezes pseudo luta, pela democracia no antes do 25 de Abril.
Por vezes, é penoso ouvir e ver ou ler esses mesmos “democratas” fazerem comentários a resultados eleitorais, na Europa ou mesmo nas regiões autónomas, criticando as populações por a escolha não ter sido a deles. Ou seja, para alguns a democracia é boa, desde que seja a das suas escolhas.
Biblioteca Municipal
Na passada reunião da Assembleia Municipal chamei à atenção do Presidente da Câmara para o facto da Biblioteca Municipal ter deixado de ser uma biblioteca municipal para se transformar num género de biblioteca central das bibliotecas escolares. Para muitos isso não será importante, mas todos nós contribuímos com os nossos impostos para os serviços municipais e a biblioteca deverá ter um papel preponderante na comunidade e, como tal, deixa-la apenas para as crianças ou adolescentes é infantilizar um serviço que deveria ser de todos. O leitor experimente visitar a biblioteca, escusa de levar o portátil porque lá, ao contrário de outros serviços municipais, não existe Internet sem fios, poderá verificar como a biblioteca há muito que deixou de ser o exemplo nacional de outrora para se transformar numa penosa sombra do que já foi.
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