segunda-feira, julho 16, 2012

Artigo no Novo Panorama

 NOTA: Publicado no dia 12 de Julho de 2012

Desencontros?

São cada vez mais as votações desencontradas dentro da maioria CDS-PP na Câmara Municipal de Ponte de Lima. Votações desencontradas e declarações de voto fortíssimas… Em Fevereiro último, o vice-presidente da Câmara, Gaspar Martins, votou contra uma proposta de aquisição de 200 exemplares de uma tese de doutoramento, declarando que votava contra "por considerar que não foi explicada a dualidade de critérios existente relativamente à aquisição de obras literárias". Esta proposta acabaria por ser aprovada por maioria.
Na passada reunião da Assembleia Municipal, questionei a decisão de compra de tão inusitado número de livros, o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vitor Mendes, não explicou, preferindo afirmar que não passava de um subsídio que como outros foi proposto e democraticamente votado.
Tendo em conta as declarações do vice-presidente e a resposta ambígua do presidente da Câmara à Assembleia Municipal, a interpretação a que se chega é que o vereador da cultura, Franclim Sousa, já com vários anos no exercício destas funções, ainda não foi capaz de estipular critérios claros e inequívocos no que concerne aos apoios/aquisição de  "obras literárias". Em 2007, num artigo no jornal Alto Minho, escrevi que se deveria definir parâmetros e que estes deveriam ser públicos, de forma a não deixar lugar a ambiguidades. Sabemos hoje, através do vice-presidente da Câmara, que a decisão de apoio continua sujeita ao critério de sempre, a subjectividade…

Coesão?

Na recente votação, em reunião de Câmara, sobre a antecipação da vinda dos divertimentos das Feiras Novas, na qual o presidente e o vice-presidente votaram vencidos, na declaração de voto do vice-presidente lê-se o seguinte há meia dúzia de anos, a Câmara viu-se na obrigação de criar um Regulamento para de certo modo aligeirar a Comissão de Festas da pressão que era feita aos seus membros e com isso disciplinar e criar regras objectivas para esse fim que, diga-se, até hoje nunca foi conseguido”. Daqui depreende-se que, ou não se cumpre o regulamento, ou este é ineficaz, qualquer uma das escolhas é grave e deve ser rapidamente explicada e acima de tudo resolvida por quem deverá ter autoridade, o Presidente da Câmara.  

Inércia? 
No concelho de Ponte de Lima, nas zonas industriais, o cenário de 2007 é praticamente o mesmo que encontramos hoje, em 2012. Terrenos vazios… É verdade o que a Câmara Municipal diz sobre o IMT, este imposto realmente sobrevaloriza, em demasia, os prédios exclusivamente destinados à localização das empresas, o que significa um rude golpe na atractividade desses terrenos. Mas também não deixa de ser verdade que o problema não é de agora e não se prende apenas com o IMT. O problema reside, essencialmente, nas políticas de captação de empresas do Município de Ponte de Lima. Basta olhar para outros concelhos e verificar como estes, em menos anos, conseguiram que as suas zonas industriais fossem preenchidas. Comparativamente, falta dinâmica e proactividade na Câmara Municipal de Ponte de Lima.

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