Vagas de insegurança
No ano passado, foi no mês de Julho, este ano, a vaga de assaltos chegou com um mês de atraso... As últimas semanas têm sido negras para a maior freguesia do concelho de Ponte de Lima, Arcozelo. Os alvos dos assaltos são os do costume, igrejas, capelas e nichinhos. Chegam ao ponto de começar o "trabalho" numa noite e acabar noutra, na maior impunidade. A verdade é que a situação é grave e deverá servir para meditar de forma a que rapidamente se tomem medidas de prevenção.
As forças de segurança, alertadas para o que se está a passar, limitam-se a verificar a sua falta de meios. Realmente, seria impensável que estas estivessem em todo o lugar, a toda a hora, a proteger os bens, mas a falta de meios acelera todo o processo, significa menos rondas, menos possibilidade de intervenção, menos eficácia na prevenção.
Alguns dos responsáveis destes espaços já se questionam se valerá a pena recuperar o património afectado, pois o custo começa a superar o "ganho". Pessoas há que lhes sugerem a realização de esperas... Sinceramente não sou apologista de nenhuma dessas soluções, espero, no entanto, que os executivos, os políticos, da freguesia e do município, consigam abrir os olhos dos responsáveis para a necessidade de reforço das forças de segurança. Mais patrulhas, sem horários prévios, com outra estratégia que só é possível com mais meios e, claro, colaboração entre forças de segurança. Se existir vontade e meios, a "vaga" desaparecerá.
No rio
Algumas notícias dão conta da reabertura do bar no campo do Arnado (não caro leitor, não vou escrever sobre polémicas...). Com esta valência, as margens do rio Lima passam a ter, junto à ponte de N.S. da Guia, dois cafés e um restaurante, junto à ponte medieval, outro café. Os espaços, desde a criação de uma ilha, em frente à alameda de S. João, à criação de relvados nas margens de um lado e de outro do rio, incitam ao natural usufruto do rio. Ora, usufruir do rio significa, também, o banhar-se nele. Infelizmente, aí a embalagem não coincide com o produto. As águas não são as melhores e, pelo visto, a não classificação de praia fluvial significa a não vigilância do espaço. Infelizmente, este ano já houve duas mortes.
Questionada, a Câmara Municipal diz que nada pode fazer, pois até nem se trata de uma praia fluvial... A mesma desculpa foi usada durante anos para a constante interdição dos espaços por causa da inadequada qualidade das águas, um problema que só terminou quando aqueles espaços deixaram de figurar na listagem das praias fluviais. Ou seja, o problema persiste, mas a burocracia diz que está resolvido e como é bem mais fácil utilizar a malha burocrática para nada fazer...
Rádio
A rádio de Ponte de Lima faz anos. Ainda estão na memória os anos das rádios piratas, as suas festas, a sua magia. A Rádio Ondas do Lima tem conseguido levar, ao longo dos anos, o nosso concelho, as nossas tradições mais longe. Se antes o limite era o Porto (sim, várias vezes graças à ROL consegui ouvir o que se estava a passar no nosso concelho, nas Feiras Novas, na Vaca das cordas...). Hoje, através da Internet, são milhares os limianos espalhados por todo o mundo que, graças à ROL, ouvem os sons das festas grandes do seu concelho e ficam a par dos últimos acontecimentos. Parabéns a todos os que ao longo dos anos vão mantendo a ROL também nesse caminho de serviço público.
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