Artigo publicado no Novo Panorama em 06-09-2012
Feiras Novas
Era inevitável escrever sobre as Feiras Novas. Outro dia dei por mim a pensar no que levou à criação destas festas. A verdade é que poderiam simplesmente fazer uma feira anual, caso o objectivo fosse apenas o de trocas comerciais, mas não foi só isso, foi muito mais. Os nossos antepassados quiseram homenagear Nossa Senhora, por isso o grande dia, o culminar da festa, é o dia da procissão em honra de Nossa Senhora das Dores. Hoje, a festa tomou uma dimensão muito além do que qualquer um dos fundadores alguma vez previu, mas quantos de nós, inclusive dos que dão o seu tempo e engenho na organização, se lembram que as Feiras Novas existem porque os nossos antepassados quiseram homenagear a mãe de Jesus Cristo? Pieguice ou beatice? Não! Se não fosse outra coisa, seria a tão badalada tradição que não se limita a concertinas, mas também à religiosidade do povo. Mais do que cortejos que se realizam ano sim ano não, é a procissão que, na sua magestosidade, dá uma consistência especial às Feiras Novas.
Por falar em Feiras Novas
Não sei se o leitor já se apercebeu, mas as Feiras Novas são também pretexto para leitura. Sim, leitura. São vários os textos sobre Ponte de Lima, as suas tradições, a sua história, os seus protagonistas que neste tempo de festa dão à estampa. Publicações como o Almanaque das Feiras Novas trazem todos os anos mais informação sobre nós, sobre o nosso concelho, sobre Ponte de Lima. Aproveite para aumentar a biblioteca, é que por norma são textos de leitura obrigatória.
Falta um ano
Dizem que antes da tempestade há uma anormal calma. Parece ser esse o tempo político que vivemos aqui por Ponte de Lima. Falta praticamente um ano para as eleições autárquicas e, neste momento, tudo é calmo, os partidos ainda não apresentaram os seus candidatos, ainda não existem notícias sobre candidatos e possíveis candidatos. Fica a primeira dúvida. Será que Vítor Mendes se recandidata ou o sempre presente Daniel Campelo, com um percurso muito apagado como Secretário de Estado, se candidata ao seu "amado" lugar de Presidente da Câmara?
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