domingo, fevereiro 20, 2022

Alto Minho, artigo de 16-02-2022

 Erros 

O vereador na câmara Municipal de Ponte de Lima,  Carlos Lago, justificando a retirada do estacionamento de motociclos no largo da Camões, afirmou o seguinte; “acho que o nosso largo de Camões é a nossa sala de visitas, mas de todos os limianos, não só de quem vive na vila, e eu na minha sala de visitas normalmente tento ter os melhores espaços para receber as pessoas (…) Quisemos dar à nossa sala de visitas alguma dignidade”. Não poderia concordar mais, aliás, em 2016, quando a maioria CDS no executivo municipal colocou o estacionamento de motas no meio da “nossa sala de visitas”, mais coisa, menos coisa, foi o que publicamente afirmei em nome do então maior partido da oposição, o PSD. Que pena, na altura, não ter o Carlos Lago, que no ano a seguir fez parte da lista da equipa que lá colocou estacionamento, a defender precisamente isso. Já nem escrevo dos actuais presidente e vice-presidente da Câmara que até eram vereadores a tempo inteiro e, na altura, se remeteram ao silencio. 

Escrevemos sobre a reversão do estacionamento, poderíamos escrever do espaço de equitação espontânea, da zona de protecção à ponte… Ainda bem que foi encontrada coragem para corrigir esses e outros erros, mas não deixa de ser estranho não existir um reconhecimento do erro dos que no passado estiveram dentro ou perto da decisão. Não ficaria mal, bem pelo contrario. 


Polémicas


Uma das recentes polémicas mediáticas foi a dos assessores do vereador da oposição na câmara de Lisboa eleito pelo Livre. 

Como é ridículo verificar que, em Lisboa, um vereador único da oposição, como Rui Tavares, pode ter um género de “mini bus” de assessores, enquanto que no resto do país,  um vereador na mesma condição, por vezes, nem a um gabinete (fisico) tem direito para fazer o seu trabalho político. Que realidades tão dispares.


Novos tempos 


Como escrevi na passada semana, há pessoas que pelos cargos que ocupam mais que ser, estão. Pessoas que se colocam ao serviço dos outros, ao serviço da comunidade. Uma dessas pessoas é o novo arcebispo de Braga, D. José Cordeiro. Testemunho essa sua dádiva desde os tempos de Roma e por isso estou certo de que os “novos tempos” da Arquidiocese de Braga serão desafiantes e interessantes.


Bicicletas 


Lembram-se do que escrevi sobre a promoção da bicicleta como meio de transporte na comunidade escolar? No concelho de Lousada, existe um projecto chamado “2 Rodas Solidárias” que já vai na terceira edição, tendo entregue 60 bicicletas. Um bom exemplo replicável noutros concelhos, “só” é preciso ter vontade política para ultrapassar a barreira do imobilismo.