domingo, junho 11, 2023

Alto Minho, artigo de 07-06-2023

 Tricampeões 

Quando estudava na Escola Secundária de Ponte de Lima, o momento alto de realização conjunta era a organização da semana aberta visando promover a iniciativa, criatividade e o trabalho de equipa dos alunos. De forma mais pessoal, lembro-me de correr para o “estúdio” da rádio escola para podermos passar a “nossa” música ou as horas passadas no estúdio de mistura de imagem, onde editávamos os “documentários” a apresentar em vários trabalhos escolares de diferentes disciplinas. 

Lembrei-me desses tempos ao ler que a Secundária de Ponte de Lima sagrou-se tricampeão nacional de F1 in Schools 2023, que é basicamente um concurso internacional multidisciplinar, onde equipas de estudantes competem entre si, na construção de um carro de Fórmula 1 em miniatura.

É bom ouvir “falar” da minha velha escola assim, notícias boas, exemplos que se deseja que se estendem a mais sectores da vida escolar.


Por falar em exemplos, um que veio da Facha


Na época passada, foi fácil, foi ano de conquista de campeonato, de subida e a onda de vitoria ajuda sempre a juntar adeptos. Os aficionados da Associação Desportiva e Cultural Fachense deram, no entanto, este ano, um grande exemplo ao permanecerem no apoio à sua equipa, mesmo na adversidade, quando os resultados desportivos, apesar do trabalho e dedicação, não terem sido os esperados. Foram um exemplo de civismo, de desportivismo e de alegria. Quando se multiplicam os maus exemplos que afastam as pessoas dos campos e estádios de futebol, são exemplos como os vindos da freguesia da Facha, em Ponte de Lima que nos fazem crer que se pode assistir a uma partida de futebol onde o apoio à nossa equipa não signifique o insulto à adversária ou aos seus adeptos. 

Desportivamente, não correu bem, o desporto é assim, mas uma coisa é certa, os adeptos da ADC Fachense ganharam o campeonato de claques. 




Respeito


Muitas das vezes os eleitos esquecem-se de que foram escolhidos pelos seus concidadãos. Esquecem-se das suas obrigações básicas, obrigações como o da informação. Não é preciso ir muito longe, basta consultar algumas páginas web das nossas juntas de freguesia. Muitas não partilham as actas das reuniões do executivo ou mesmo da Assembleia. Contam-se pelos dedos das mãos as que disponibilizam as gravações, já para não mencionar a transmissão, das reuniões publicas. Será medo da transparência? Ou será, talvez, pela vergonha do que por vezes se passa por lá? Seja como for, no mínimo, as actas deveriam ser disponibilizadas em tempo real. É inadmissível entrar numa página web e a última acta, quando existe, ser do ano anterior.