domingo, junho 25, 2023

Alto Minho, artigo de 21-06-2023

 Parcerias


Toda a gente sabe que a nossa região precisa de escala, precisa de parcerias, de agir em conjunto. Um dos nossos produtos endógenos, como muitos gostam de se referir, de excelência é o vinho. Um produto que, na idade média, a nossa região conseguia exportar  com eficiência para países como a Inglaterra e que transformou o porto de mar de Viana, na Foz do Lima, na altura, num dos maiores portos do país. Longe vão esses tempos, mas, como disse, e bem, o engenheiro Francisco de Calheiros, presidente da direcção da ADRIL, a propósito do Festival do Loureiro, “as pessoas têm de sair deste vale a falar e a promover o loureiro”.

Não só as pessoas que passam por cá, mas também nós, os de cá, os nossos representantes políticos têm de sair e falar, a uma só voz, sobre os nossos produtos. No jornal da passada semana, podíamos encontrar, sorridentes, os presidentes de Câmara de Viana do Castelo, de Ponte de Lima, de Ponte da Barca e de Arcos de Valdevez a falarem de promoção, envolvimento, território, iniciativas. Em resumo, afirmavam que o Vale do Lima estava unido numa nova fase de desenvolvimento de produtos e do território.

Tudo isso é de louvar e, de facto, aponta para o caminho certo. Mas, depois, no mesmo fim de semana em que se realizou a 31ª Feira do Vinho Verde e dos Produtos Regionais no concelho de Ponte de Lima, os responsáveis políticos de Ponte da Barca acharam que a melhor forma de criar sinergias com o concelho vizinho na promoção do vinho da região era realizar um Mercado do Vinho no seu concelho. Vasco Ferraz, presidente da Câmara de Ponte de Lima, deixando de lado o politicamente correto, classificou como demonstrativo de “algum amadorismo”. 

Realmente, a nova fase de união e criação de escala para a região pode começar por organizar e coordenar agendas. Deixar de lado a vontade de protagonismo ou a adolescente tentação de fotografias nas redes sociais para consumo interno, e dar prioridade à região, aos seus produtos e às suas pessoas. 


Férias


O calor e as férias já espreitam. A nossa região tem tudo para ser um produto atrativo que convença as pessoas a passarem algum do seu tempo de ócio por cá. Da montanha, passando pelos rios e vales, até às praias e mar, temos de tudo um pouco.

No Alto Minho, é possível passar a manhã a caminhar num bosque, almoçar no remanso de um dos nosso rios e reservar o final da tarde para a praia, esperando por um inesquecível pôr do sol. Precisamos é, lá está, de escala. Precisamos de coordenar esforços para nos tornarmos ainda mais atrativos e “visíveis”.