Ano Novo, ano de escolhas
Faltam poucos dias para a entrada de um novo ano, normalmente esta é uma época em que se fazem promessas, intenções ou desejos. Um dos desejos que tenho para o Ano Novo é de que os políticos, os que são escolhidos por nós, exerçam os seus mandatos com dignidade, com a responsabilidade que a importância da sua função merece.
Vivemos, infelizmente, tempos onde se banaliza a função política. A começar pela forma como alguns dos eleitos encaram as suas funções. Muitos procuram temas fracturantes, temas que marquem a agenda mediática, por vezes, apenas para encher telejornais e redes sociais, durante uma semana. Esquecem, no entanto, aquelas que são as reais preocupações e necessidades das pessoas apenas porque vivem anos e anos fechados na bolha dos corredores do poder.
Neste Novo Ano não permitamos que os que querem promover o medo, a insegurança a desinformação sejam “beneficiados”. É tempo de escolhas esclarecidas. A democracia não aguenta mais o “são todos iguais”, ou o “eles têm é medo de perder o tacho”. Sejamos esclarecidos e selectivos nas nossas escolhas cívicas.
Primeira surpresa
2025 é ano de eleições autárquicas e a primeira surpresa vem de Ponte da Barca. Contradizendo o que Vitor Paulo Pereira, líder da distrital do PS, tinha dado como certo a este jornal, o cabeça de lista não será Pedro Lobo, que, nas últimas autárquicas, perdeu por 154 votos, mas sim Vassalo Abreu.
O último presidente da Câmara eleito pelo PS, volta 7 anos depois. Evoca como uma das justificações para o seu retorno à vida política a falta de disponibilidade de Pedro Lobo que, enquanto advogado, após o falecimento do seu sócio de escritório, não pode “abandonar os seus clientes”. Anunciou, no entanto, que este será o seu número dois na lista à Câmara Municipal.
Ou Vassalo espera perder, ou, se vencer, está já a explicar o porquê do seu número dois não ser a sua escolha para seu vice-presidente, nem vir a assumir a vereação a tempo inteiro.
Já agora, será, também, interessante perceber se Vassalo, quer seja eleito presidente ou apenas vereador da oposição, assumirá o seu mandato até ao fim. Não vá o seu regresso parecer que é apenas para desempenhar o papel de “lebre política”.