domingo, dezembro 22, 2024

Alto Minho, artigo de 19-12-2024

Situações que não se compreendem

Imaginem encerrar para obras de manutenção uma das maiores entradas de uma cidade média portuguesa, por onde, todos os dias, entram inúmeros automobilistas. O trânsito passa a ser desviado para a única alternativa existente. Agora, a essa alteração, associem a supressão, por motivos de podas de sebes do separador central, de uma facha de rodagem do troço para onde o transito é desviado. Todos podem concluir o resultado. Será para testar a paciência dos automobilistas, será falta de coordenação ou apenas de bom senso? 


Têm vergonha? Façam melhor!


No número anterior deste jornal pudemos ler uma reportagem da apresentação do Anuário das Assembleias Municipais. Foi com surpresa que li a opinião contrária à transmissão online das reuniões vinda de alguns dos poucos presidentes de Assembleias Municipais que participaram nessa apresentação. As justificações foram todas no mesmo sentido, a falta de qualidade das intervenções. A presidente da Assembleia Municipal de Viana chegou mesmo a afirmar que “às vezes não é muito edificante” ouvir as intervenções de alguns dos eleitos. 

Discordo profundamente destas posições. A falta de transparência, o querer esconder a realidade dessas reuniões, não é o caminho. Os eleitores têm o direito de saber como é que os seus eleitos os representam. Talvez a vergonha fizesse com que os partidos e movimentos olhassem com outra responsabilidade para a organização das suas listas. Talvez, com a exposição pública, aliás as reuniões até são todas públicas, os eleitos encarassem o seu papel com menos ligeireza, mais organização, trabalho e responsabilidade.  


“Correio dos leitores”


Alguns leitores, talvez um pouco aborrecidos com o que escrevi, recentemente, acerca de alguns partidos e movimentos, fizeram-me chegar que não é com artigos e noticias nos jornais que se faz política. Realmente, a política não se faz “só” nos jornais, mas “também” nos jornais (comunicação social). Alguns talvez preferissem que a sua narrativa fosse a única apresentada às pessoas, que não existisse escrutínio ou que apenas se “discutisse” em tempo de campanha eleitoral. A democracia faz-se da discussão e confronto de ideias, e essa não fica presa somente aos órgãos eleitos, aos seus membros ou aos agentes partidários.


Natal


As casas, as ruas, as localidades enchem-se de luz, de música. Sim, o Natal é época de esperança, de luz em tempos de escuridão. Cristo menino, nascido numa terra que ainda hoje não sabe o que é a paz, trouxe esperança e um sentido para a nossa vida. Embora pareça existir uma necessidade de transformar o “natal” numa época cada vez mais rendida ao consumismo e hedonismo, desejo e espero que os leitores tenham um Santo Natal na simplicidade do amor aos outros.