Juventudes partidárias em Ponte de Lima
Ao longo de mais de dois anos fiz parte de uma comissão política de uma juventude partidária em Ponte de Lima. A experiência foi muito enriquecedora a todos os níveis. É fantástico participar num projecto do qual conhecemos o princípio e que vamos ajudando a construir à medida que vamos enfrentando os problemas que nos fazem frente. Nas duas equipas de que fiz parte, ambas lideradas por uma pessoa excepcional, Nelson Lima, encontrei pessoas, jovens, dispostas a dar o seu tempo em prol do bem comum. Por vezes diz-se que na política apenas estão os que querem algo para seu proveito, pois das duas equipas a que pertenci não conheci ninguém que preenchesse esses requisitos.
Lembro-me que a primeira intervenção pública por nós encetada foi para alertar para o perigo que representavam umas barras de madeira na Lapa, e que, para nosso regozijo, representou a primeira vitória política, pois pouco depois as mesmas foram substituídas. Como as ideias iam surgindo, mesmo vindas de jovens que então não pertenciam à estrutura mas que nós ouvíamos como se o fizessem, a nossa intervenção politica foi-se alargando e tomando forma, transformando-se numa intervenção periódica. Em dois anos fomos marcando de uma forma ou de outra a vida política limiana. Desde intervenções sobre o Mercado Municipal, ouvindo e fazendo pública a voz dos seus utentes, passando pela qualidade das praias fluviais ou pela luta por uma política de juventude séria e planeada, terminando na divulgação da tentativa de cobrança de parqueamento no areal por parte da Câmara Municipal. Ainda há pouco tempo o Presidente da Câmara argumentava publicamente, usando precisamente os mesmos argumentos que nós apresentamos contra a ideia que ele então defendia, que a Câmara não poderia cobrar aparcamento porque nem o areal tem as mínimas condições nem a Câmara Municipal tem jurisdição sobre o mesmo. A verdade é que até hoje a cobrança não foi adiante.
Estes foram alguns dos episódios por nós protagonizados. Muitos outros ocorreram e contribuíram para que os jovens que participaram neles, lembro-me do David do Lago por exemplo, ainda hoje, em órgãos distritais e nacionais da mesma juventude partidária ou em associações juvenis, participem activamente na sociedade.
Depois desta experiência, não posso deixar de lamentar o novo desaparecimento do nosso concelho das escolas de política que são as juventudes partidárias. Não podemos deixar morrer a vontade de participação política dos jovens limianos, mas antes fomentá-la. Não se pode cair no erro de confundir as reais funções das juventudes partidárias com as de uma associação juvenil. Seria bom que, em ano de eleições autárquicas, as juventudes partidárias aparecessem com ideias concretas para Ponte de Lima, aparecessem com vontade de as debater, de participar activamente nos programas eleitorais dos respectivos partidos. Como era essencial que nesses programas eleitorais estivesse consagrada, por exemplo, a vontade de criação de um Conselho Concelhio da Juventude, onde os jovens seriam chamados para dar o seu contributo na planificação de uma verdadeira política de juventude.
Sem juventudes partidárias fortes de ideias, que não se prendam a objectivos obscuros de filiações em massa, com vontade de participação política, Ponte de lima fica mais pobre, a política limiana fica sem dinamismo, sem o idealismo próprio da juventude.
As juventudes partidárias têm que ter a coragem de voltar a sonhar com uma melhor Ponte de Lima.
Lembro-me que a primeira intervenção pública por nós encetada foi para alertar para o perigo que representavam umas barras de madeira na Lapa, e que, para nosso regozijo, representou a primeira vitória política, pois pouco depois as mesmas foram substituídas. Como as ideias iam surgindo, mesmo vindas de jovens que então não pertenciam à estrutura mas que nós ouvíamos como se o fizessem, a nossa intervenção politica foi-se alargando e tomando forma, transformando-se numa intervenção periódica. Em dois anos fomos marcando de uma forma ou de outra a vida política limiana. Desde intervenções sobre o Mercado Municipal, ouvindo e fazendo pública a voz dos seus utentes, passando pela qualidade das praias fluviais ou pela luta por uma política de juventude séria e planeada, terminando na divulgação da tentativa de cobrança de parqueamento no areal por parte da Câmara Municipal. Ainda há pouco tempo o Presidente da Câmara argumentava publicamente, usando precisamente os mesmos argumentos que nós apresentamos contra a ideia que ele então defendia, que a Câmara não poderia cobrar aparcamento porque nem o areal tem as mínimas condições nem a Câmara Municipal tem jurisdição sobre o mesmo. A verdade é que até hoje a cobrança não foi adiante.
Estes foram alguns dos episódios por nós protagonizados. Muitos outros ocorreram e contribuíram para que os jovens que participaram neles, lembro-me do David do Lago por exemplo, ainda hoje, em órgãos distritais e nacionais da mesma juventude partidária ou em associações juvenis, participem activamente na sociedade.
Depois desta experiência, não posso deixar de lamentar o novo desaparecimento do nosso concelho das escolas de política que são as juventudes partidárias. Não podemos deixar morrer a vontade de participação política dos jovens limianos, mas antes fomentá-la. Não se pode cair no erro de confundir as reais funções das juventudes partidárias com as de uma associação juvenil. Seria bom que, em ano de eleições autárquicas, as juventudes partidárias aparecessem com ideias concretas para Ponte de Lima, aparecessem com vontade de as debater, de participar activamente nos programas eleitorais dos respectivos partidos. Como era essencial que nesses programas eleitorais estivesse consagrada, por exemplo, a vontade de criação de um Conselho Concelhio da Juventude, onde os jovens seriam chamados para dar o seu contributo na planificação de uma verdadeira política de juventude.
Sem juventudes partidárias fortes de ideias, que não se prendam a objectivos obscuros de filiações em massa, com vontade de participação política, Ponte de lima fica mais pobre, a política limiana fica sem dinamismo, sem o idealismo próprio da juventude.
As juventudes partidárias têm que ter a coragem de voltar a sonhar com uma melhor Ponte de Lima.
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