Desnorte II
Manuel Trigueiro no seguimento da polémica gerada nas últimas semana deu uma entrevista ao jornal Alto Minho.O presidente da concelhia do PSD de Ponte de Lima perdeu mais uma oportunidade de demonstrar outra abordagem à política. Revela a sua fraqueza de posição, por exemplo, ao sacudir a responsabilidade que tem na liderança dos últimos quatro anos do PSD local. Não pertencia ele à comissão política anterior como vogal mas agindo quase sempre como se fosse o presidente? Um dos seus vice-presidentes não é o anterior presidente? Não fazem parte da sua comissão política basicamente os mesmos membros da anterior? A resposta é positiva em todas as questões.
Assumiu a responsabilidade dos desastrosos resultados eleitorais, mas apenas no campo teórico, na prática procura avidamente responsáveis nem que para isso tenha que percorrer os bosques das redondezas. É lamentável a tentativa de se amarrar desesperadamente a uma desculpa.
O PSD, por todos os que lhe deram parte da sua vida ao longo das últimas 3 décadas no intuito de construir um partido sólido, com uma base de apoio que perpassasse todo o concelho, merece mais, muito mais. Aliás, Ponte de Lima merece mais. Só com um PSD forte, sem receio de fazer uma oposição firme e construtiva, com um projecto sólido e bem definido, com uma liderança virada para a sociedade e não para o seu umbigo, poderá reagir a esta letargia a que tem sido votada nos últimos anos.
“Ser ou não ser, eis a questão:
Se é mais nobre no espírito sofrer
As fundas e flechas da fortuna ultrajante
Ou brandir armas contra um mar de agravos,
E, opondo-os, fazê-los cessar.”
Se é mais nobre no espírito sofrer
As fundas e flechas da fortuna ultrajante
Ou brandir armas contra um mar de agravos,
E, opondo-os, fazê-los cessar.”
In Hamlet de William Shakespeare
Centro de reabilitação para cidadãos portadores de deficiência
A câmara de Ponte de Lima quer construir durante este mandato um centro de reabilitação para os cidadãos portadores de deficiência. O terreno foi adquirido, o projecto está feito e por declarações do Presidente da Câmara Municipal poderá avançar mesmo sem financiamento do governo. É uma boa notícia, no entanto, é pena não se especificar quem vai gerir este Centro, será a Câmara Municipal?
Festival de Jardins
O seu director, Francisco Calheiros, fez saber que para o próximo ano há já 19 inscrições. Para a organização este é um factor de sucesso. Algumas delas são inclusive de países com tradição neste tipo de festivais e que foram, aliás, inspirações para o de Ponte de Lima. Nada a comentar, aliás, depois do investimento, todos esperamos que o festival tenha o maior dos sucessos. Talvez assim possa contribuir para ajudar a actual parca economia limiana.
Tudo ia bem até que o director, que é também o responsável pela TURIHAB, refere que outro dos objectivos será o de alargar este festival aos jardins das casas ditas tradicionais, ou seja as de turismo de habitação, ou seja as dos membros da TURIHAB. Estranho o facto. Não existirá aqui algum tipo incompatibilidade? Em todo o caso, se o festival realmente se estender às tais casas ditas tradicionais, o custo deste alargamento certamente ficará a cargo dos donos das casas e não dos contribuintes, certo? O senhor director, por lapso certamente, não especificou este pormenor.
Crónicas de um outro tempo
Este é o título de uma obra, para já com dois volumes, de José Ernesto Costa. O primeiro volume foi apresentado no ano passado o segundo no dia 17 deste mês. A temática tratada não poderia ser melhor. Aliás, era uma lacuna de que a memória limiana carecia de preencher. Pequenas grandes peripécias de muitos “nomes sonantes” para todos os limianos são contadas, retratando, no fundo, a vida colectiva de Ponte de Lima.
Uma visão da história que cativa não só aqueles que a viveram mas também aqueles que são filhos dos protagonistas. A não perder.
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