sábado, janeiro 28, 2006

Alto Minho 28/01/2006

Boa sorte… Obrigado senhor Primeiro-ministro

Ponte de Lima foi acordada, na quarta-feira da semana passada, por uma óptima notícia, a IKEA iria abrir uma fábrica em Portugal e tinha escolhido o concelho limiano para a implementar. O Primeiro-ministro deslocar-se-ia à nossa terra para assinar com a multinacional o memorando de entendimento entre a IKEA e a Agência Portuguesa de Investimento. No final do dia a notícia já era exactamente assim, afinal Ponte de Lima era uma das 20 hipóteses para o local de instalação da unidade fabril.
O governo, representado pelo Primeiro-ministro, veio a Ponte de Lima abanar com o "bife" aos limianos para depois dizer boa sorte para o receberem… No mínimo revoltante.
Já agora, foi Luís Abreu Coutinho, advogado da Rui Pena, Arnaut & Associados, que teve a seu cargo as negociações do contrato de abertura da fábrica IKEA em Portugal. Luís Coutinho foi membro da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, eleito pelo PSD, até às eleições autárquicas últimas. Não foi candidato neste mandato por razões que a razão desconhece, mas que os responsáveis locais do PSD conhecerão.

Entrevista do Presidente da Câmara

Daniel Campelo foi entrevistado pela Rádio Ondas do Lima. Sobre a IKEA o Presidente afirmou que ainda nada está certo, no entanto não queria adiantar muito mais sobre o assunto. A suspeita ficou assim no ar. Se a ideia era marcar pontos internamente, a atitude é lamentável, este assunto é demasiado importante para essas situações. Se não se pode falar, não se fala! Ainda sobre as empresas, lá foi afirmando que, mesmo quando tudo indica que se irão instalar em Ponte de Lima, na realidade poderão até não o fazer. No entanto não será esse o caso da COBRA, afirmou. Esperemos bem que não, com as expectativas elevadas que têm sido incutidas na população, essa situação teria consequências desastrosas. Ficou por perguntar se também existem incentivos aos investidores limianos que queiram investir na sua terra, e por exemplo, se ao licenciar a muralha de hipermercados, que se vai erguendo, a Câmara pensou nas devidas consequências dessa decisão para o comércio tradicional.
Quanto ao futuro do areal, o Presidente lá admitiu que o estacionamento tende a acabar. Com os parques da N. S. da Guia, de S. João e os subterrâneos só em casos especiais o areal voltará a ser aberto ao estacionamento. Alguém já pensou o que esta medida significará para o centro histórico? O novo parque no S. João irá ser como o da N.S. da Guia que permanece quase sempre fechado?
Quanto à iluminação pública o entrevistado alegou o gasto supérfluo de electricidade na iluminação pública. Pois, e para quê investir em equipamentos de iluminação quando passados alguns anos estão totalmente degradados? Não será que este “desleixo” se torna também oneroso para os cofres da autarquia?
Alguém já afirmou em tempos que a politica seguida no nosso concelho na última década é a da criação de uma reserva onde os limianos não são actores mas figurantes. Esta entrevista mostra como se quer transformar Ponte de Lima num bom local de passeio e não num bom local para se viver. É pena.

Mais uma vez o IMI

Segundo o Diário Económico, as Câmaras Municipais começam a abandonar os valores máximos do Imposto Municipal sobre imóveis. Eis uma notícia que nos deveria alegrar, ou talvez não, porque, infelizmente para nós, limianos, apenas por solidariedade. Em Ponte de Lima, a Câmara Municipal, com a rectificação da Assembleia Municipal, aprovou a taxa máxima, tal e qual como nos grandes centros urbanos, que, com a excepção de Lisboa, mantiveram a taxa ao nível mais elevado.
Com o "grande" poder de compra dos limianos e com a actual situação financeira do Município era obvio que não se poderia esperar outra decisão que não a de manter a taxa máxima no nosso concelho. Haja jardins…

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