sábado, fevereiro 04, 2006

Alto Minho 04\02\2006

Confraria Gastronómica do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima

A Confraria Gastronómica do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima (CGSPL) foi finalmente constituída. Tem como finalidade zelar pela genuinidade do prato ex-libris de Ponte de Lima. A grande referência na confecção será a receita de Belosinda Varela, conhecida como Clara Penha. Assim os restaurantes se associem a esta iniciativa, a bem deles, a bem dos nossos visitantes, e, acima de tudo, a bem da imagem que ponte de Lima quer imprimir e vender.

Estradas

As tão ansiadas obras para o abastecimento de água estão a tornar-se uma verdadeira dor de cabeça para a população. A dificuldade de circulação começa a ser notória um pouco por todo o concelho. Nem com a intervenção do deputado do CDS, Abel Baptista, a situação melhorou.
Apesar dos apelos públicos, insiste-se em não repor o piso. Talvez esta opção seja para que este compacte melhor, mas até quando? Esta situação, que parece não ter termo, apresenta-se como uma falta de respeito para com os transeuntes.
É urgente chamar a atenção dos responsáveis da obra. As Câmaras Municipais e a Águas de Portugal, SGPS, S.A. são os titulares do Capital Social da Águas do Minho e Lima, S.A.. A Câmara de Ponte de Lima, dentro das Câmaras Municipais, é a segunda com maior participação no Capital Social, logo, terá, certamente, uma voz activa dentro desta empresa. Seria bom que a usasse o quanto antes possível.

PSP

A Câmara Municipal, em reunião, insurgiu-se contra o possível encerramento do posto da Polícia de Segurança Pública em Ponte de Lima. Outros intervenientes da vida política limiana como a Junta de Freguesia Ponte de Lima, a Junta de Freguesia de Arcozelo e o Partido Social-democrata também já se manifestaram publicamente contra essa decisão. Falta saber a posição do PS local. Porque não assumem publicamente a sua posição? Por ser resolução do seu governo?
Quanto ao problema em si, este requer meditação. Se a PSP sair, será aumentado o número de homens da GNR bem como os seus meios? Se assim for, será que a segurança dos cidadãos diminuirá? Estará a GNR vocacionada para o novo serviço?

Post Scriptum

A participação cívica é algo que se deve promover entre os cidadãos. Nos órgãos de poder e nos órgãos de comunicação, como os jornais, as rádios, os blogs a participação dos cidadãos é salutar. Todos temos o direito, o dever, de participar civicamente. É, no entanto, interessante verificar como algumas pessoas, que passam a vida a exaltar essa participação, rapidamente alteram o seu pensamento, quando aquela se desenvolve no campo oposto ao da sua posição. Alguns resquícios de militância, em tempos de juventude, na extrema-esquerda, certamente. É pena verificar que alguns, quando exercem cargos electivos, se esquecem do que escreveram e disseram antes de os exercerem. É estranha a transformação. A esta mudança de atitude, nos idos de setenta, pós revolução, os tais da militância na extrema-esquerda, chamavam de aburguesamento.
A propósito, depois de ler o artigo do senhor Manuel Pires Trigo, no Alto Minho do passado sábado, logo me ocorreram alguns versos do poeta Manuel Alegre em Trova do vento que passa:

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(...)
Silêncio - é tudo o que tem
quem vive na servidão.
(...)
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

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