segunda-feira, abril 03, 2006

Alto Minho artigo de 03-04-2006

Hello Àfrica

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Daniel Campelo, liderou uma delegação limiana numa visita à província do Huambo em Angola. A informação foi dada pelos jornais angolanos.

É nestas alturas que me pergunto para que serve o gabinete de Apoio ao Presidente e Vereadores. Não integrará, o gabinete, um profissional de relações públicas que pudesse fazer o obséquio de enviar uma nota de imprensa dando a conhecer os contornos desta viagem? Se não existe, deveria existir. É que ao encontrarmos informação apenas nos jornais angolanos ficamos com a ideia de que a viagem era um pouco, digamos, clandestina. Para ninguém saber.

A inexistência de informação sobre a viagem levanta sempre algumas questões. A viagem teve como mote, certamente, Norton de Matos, mas qual foi, realmente, a finalidade desta viagem? Quem é que fez parte da comitiva e porquê? Qual é o tipo de cooperação existente, já que se falou em estreitá-la? Há alguma estratégia económica ou cultural? Se a resposta é positiva, por que é que não é pública?

Infelizmente, as explicações do vereador da cultura, educação e juventude não foram deveras esclarecedoras. Entre outras explicações, evocava a verificação do local onde se irá reerguer a estátua do general Norton de Matos. Por mais desejável que seja reerguer a estátua do prestigiado limiano e fundador da cidade de Nova Lisboa, actual cidade do Huambo, será que este motivo é o bastante para a deslocação? Talvez seja altura de explicar bem os motivos, os projectos, as instituições envolvidas, até porque poderá dar-se o caso de algum empresário limiano querer aproveitar algum tipo de cooperação para investir nessa região africana.

Esperemos que, em futuras viagens, os limianos sejam esclarecidos antecipadamente das intenções e objectivos das mesmas.

Cluster Tecnológico de Ponte de Lima

Segundo o consultor da ABDI, Gilberto Lima Júnior, ainda não é certo que Ponte de Lima venha a ser a localização escolhida para implementar o centro de tecnologia. A escolha do local para implementar o projecto por nós conhecido como COBRA ainda não está feita. Esperemos sinceramente que este projecto e o do IKEA cheguem a bom porto e rapidamente sejam implementados em Ponte de Lima.

Bem sei que a Câmara Municipal tudo fez, tudo faz, para que o “cluster” seja uma realidade. Só não se percebe como foi possível apresentarem-no como um facto, quando sabiam que assim não era. Pelo menos, no caso IKEA, o erro não voltou a ser cometido.

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