Hospital de Ponte de Lima
Martins Alves, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Minho, proferiu as seguintes afirmações acerca do próprio CHAM; «se se tratasse de uma empresa privada, já estava fechada há anos», «havia 29 milhões de euros de capital social, mas a anterior administração gastou-o todo». Já Maciel Barbosa, coordenador da ARSN, acusou a anterior administração do CHAM de mentir, quando anunciou o lançamento de obras de remodelação no Serviço de Urgência do Hospital de Ponte de Lima.
Estas acusações são graves e imputam uma responsabilidade enorme na anterior administração. Por serem graves não poderão ser dúbias. A referida administração deveria dar a conhecer a sua versão dos factos. Não nos podemos esquecer de que há anteriores administradores que ocupam cargos de relevo político e que a gravidade das acusações poderá abalar a sua credibilidade junto dos seus eleitores.
Há, no entanto, um factor a ter em conta, a actual conjuntura de contestação que se vive face aos encerramentos de serviços e valências no hospital de Ponte de Lima. Como as razões são apenas de ordem económica, nada melhor que sacudir a água do capote. É por estas razões que estes cargos não deveriam ser de nomeação política, os administradores deveriam sê-lo pela sua competência técnica e não pela sua cor partidária.
Uma coisa é certa, depois destas afirmações, nada pode ficar como antes.
Votos de louvor há muitos…
O vereador com o pelouro da cultura, desporto e juventude propôs um voto de louvor à Associação Desportiva “Os Limianos” não só pela sua conquista desportiva, mas também pela sua postura nos últimos anos, isto no que concerne à recuperação económica e social. Como era merecido foi aprovado, e bem, por unanimidade.
Realmente, é bom realçar os feitos da AD "Os Limianos". É bom, porque é, de facto, um exemplo para o restante associativismo limiano, não só desportivamente falando, mas também na sua gestão interna. Todos ainda se lembram como “Os limianos”, há menos de três anos, estiveram na iminência de pura e simplesmente acabar.
Não questionando a boa intenção da proposta do voto de louvor, surge a pergunta: o que é que a Câmara Municipal fez para que a actual situação se verificasse?
Não bastam palavras afáveis e bonitas. Não bastam votos de louvor. São necessários actos. Actos coerentes com as palavras.
É tempo de edificar um verdadeiro centro desportivo em Ponte de Lima, onde as diversas associações e clubes tenham o seu espaço de acordo com o seu peso social e desportivo. Se, em Milão, dois dos maiores clubes europeus coabitam no mesmo estádio, porque não aplicar o mesmo sistema em Ponte de Lima? Talvez assim se evitassem pequenos e inoportunos atritos entre associações ou clubes e se criassem condições idênticas para que todos eles prosseguirem no encalço dos seus objectivos.
Vieira do Minho
O mesmo vereador que propôs o voto de louvor foi convidado a participar na Sessão Solene das comemorações do 25 de Abril do concelho de Vieira do Minho.
Nessa sessão realizou-se um colóquio subordinado ao tema "Experiência de um Centro Escolar - Reordenamento Escolar". Depois da maneira como a câmara de Ponte de Lima tratou/trata do assunto dos centos escolares, que dizer? Talvez os senhores de Vieira do Minho precisassem de alguém que lhes mostrasse como não proceder na implementação dos centros escolares. Talvez…
Dois apartes
Alguém pode dizer quem é o responsável pela limpeza das rotundas de Santo Ovídeo em Arcozelo? É que, daqui a pouco, os condutores terão que usar os seus “super-poderes” para ver quem circula nelas, tal é a altura dos “arranjos florais”…
Não sei se são da mesma espécie dos cogumelos ou dos coelhos, mas os carros em segunda-mão, há venda nas bermas das estradas do concelho limiano, parecem ter uma capacidade reprodutiva enorme. Não bastavam os TIR’s, ainda se lhes associam carros com os mais diversificados dizeres “vende-se”, “procura novo dono”, “barato”, “como novo”, etc. Será que as bermas e rotundas das nossas estradas foram concebidas para stands de carros usados? Mais uma vez, ao que parece, talvez…
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