Que caminho?
Acarinhar o investidor limiano é um dos caminhos para a economia limiana. Não se podem relegar para terceiro plano os limianos que querem investir na sua terra, sejam eles pequenos ou médios investidores, independentemente de se tratarem de 4, 10 ou 15 postos de trabalho. É urgente a renovação e reactivação da economia limiana e a Associação Empresarial de Ponte de Lima tem um papel fundamental neste processo. É esta que deverá incentivar a criação, por exemplo, de uma incubadora de empresas. A AEPL não pode ser apenas um centro de formação profissional. É urgente promover um estudo, por sectores de actividade, à actual situação económica do concelho. Assim, haveria uma visão real dos desafios que se apresentam. A escola profissional de Ponte de Lima, essa sim vocacionada para o ensino profissional, deveria ser totalmente remodelada, ajustando os seus cursos aos resultados desse estudo. O mundo rural, tão apregoado por alguns, cada vez mais, no nosso concelho, apenas existe no folclore.
Reinvestir na comunidade
Por vezes algumas associações desabafam o seu descontentamento pelos empresários da terra não ajudarem mais. Realmente, desde sempre são os empresários e as empresas, sejam elas pequenas ou médias (não existem grandes empresas na nossa região), a ajudar e a acarinhar as instituições de interesse público. Muitos foram, aliás, os comerciantes, industriais e empresários que estiveram no início de muitas delas. Mas nos últimos anos a ajuda começou a falhar, começou a ser cada vez mais diminuta e em alguns casos deixou mesmo de existir.
Este é um sintoma da degradação da economia limiana. Alguns limianos gostariam de investir na sua terra, mas não encontram condições para isso, pelo que ou não investem ou então investem noutro concelho. Os que cá já andavam têm que se preocupar em manter os seus negócios. Muitos deles laboram em sectores moribundos, outros com graves entraves ao desenvolvimento dos seus empreendimentos. Como disse Jack Welch, na sua recente visita a Portugal, as empresas e os trabalhadores, quando têm que lutar permanentemente pela sua sobrevivência, pelo seu emprego, não têm tempo para pensar em retribuir.
Será o início?
A Câmara Municipal criou um fórum on-line. Esta é uma boa iniciativa, da qual se espera uma maior aproximação do poder ao cidadão. Mas a Câmara Municipal não pode ficar por aí. O verdadeiro passo será o da criação de um portal de Ponte de Lima na Internet. Neste seriam proporcionados serviços gratuitos como o alojamento de páginas e correio electrónico a todas as empresas, entidades e organizações do nosso concelho aumentando, assim, as suas vantagens competitivas. Aumentando, aliás, a vantagem competitiva do concelho. A criação de locais no centro histórico com cobertura wireless gratuita de Internet é outro passo a dar.
Ponte de Lima para além de usufruir da sua boa localização geográfica deverá imperativamente tomar a vanguarda da utilização das Tecnologias da Informação. A VALIMAR está a levar a cabo a cobertura em banda larga dos concelhos que a constituem. Os sítios na Internet dos Municípios, pelo que se tornou público, irão sofrer grandes benefícios, mas o concelho limiano não pode ficar por aí. A diferenciação, a atractividade do concelho para além de festivais passa também por tomar a iniciativa e liderar a região nesta área de futuro.
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