Zonas verdes limianas
Para as pessoas que nos visitam, e que são quase "despejadas" junto ao areal, os jardins feitos em Arcozelo, em antigos terrenos de cultivo e propensos a serem invadidos pelo Lima, são atractivos. Mas, onde estão os espaços verdes nas zonas construídas nos últimos 10, 15 anos? Que tipo de planeamento foi levado a cabo para contemplar estas zonas com espaços verdes, agradáveis, onde os pais possam brincar com os filhos? Todos os limianos, infelizmente, sabem a resposta.
Nos anos oitenta, foi construído o bairro onde se encontra o Pavilhão Municipal, bairro este constituído essencialmente por moradias todas elas com um jardim maior ou menor. Nos actuais bairros, apenas de blocos de apartamentos, onde se pretende emparedar os jovens casais, restam as varandas, quase sempre condenadas a marquises, como espaços abertos.
O verdadeiro jardim que se está a criar em Ponte de Lima é o mesmo que se tem criado por tantas terras em Portugal, o do florescimento de prédios sem olhar à qualidade de vida das pessoas que os irão ocupar.
Quase se pode pensar que os jardins no centro histórico só existem porque os terrenos onde estão implementados não são edificáveis.
É bom ter jardins, mesmo pecando pelos seus elevados custos de manutenção e por serem jardins fechados à moda do século XIX, mas a zona urbana de Ponte de Lima não é apenas o centro histórico. É preciso ter em atenção os bairros que se têm construído e onde a maioria das pessoas da freguesia de Ponte de Lima vive.
Nos anos oitenta, foi construído o bairro onde se encontra o Pavilhão Municipal, bairro este constituído essencialmente por moradias todas elas com um jardim maior ou menor. Nos actuais bairros, apenas de blocos de apartamentos, onde se pretende emparedar os jovens casais, restam as varandas, quase sempre condenadas a marquises, como espaços abertos.
O verdadeiro jardim que se está a criar em Ponte de Lima é o mesmo que se tem criado por tantas terras em Portugal, o do florescimento de prédios sem olhar à qualidade de vida das pessoas que os irão ocupar.
Quase se pode pensar que os jardins no centro histórico só existem porque os terrenos onde estão implementados não são edificáveis.
É bom ter jardins, mesmo pecando pelos seus elevados custos de manutenção e por serem jardins fechados à moda do século XIX, mas a zona urbana de Ponte de Lima não é apenas o centro histórico. É preciso ter em atenção os bairros que se têm construído e onde a maioria das pessoas da freguesia de Ponte de Lima vive.
Também em Arcozelo
A Câmara Municipal construiu em Arcozelo um bairro social. Até aqui nada a assinalar. Mas basta passar por lá para se verificar o abandono a que a edificação foi votada. Não basta o esforço dos moradores, é preciso acabar o que se começou. Onde estão os espaços verdes? É este o exemplo que a Câmara quer dá aos construtores? Ou é já a Câmara a seguir o exemplo?
Não se compreende como se pode ter uma zona como a da Poça Grande, agora com a dignidade merecida, e, junto a esta, um terreno onde a base das velhas casas pré-fabricadas dão um ar de zona degradada, de gueto. Aquele espaço é apenas e simplesmente um dos lugares de maior densidade populacional da vila de Arcozelo. Merecia um olhar mais cuidado por parte da Câmara Municipal.
Não se compreende como se pode ter uma zona como a da Poça Grande, agora com a dignidade merecida, e, junto a esta, um terreno onde a base das velhas casas pré-fabricadas dão um ar de zona degradada, de gueto. Aquele espaço é apenas e simplesmente um dos lugares de maior densidade populacional da vila de Arcozelo. Merecia um olhar mais cuidado por parte da Câmara Municipal.
Mudam-se os tempos…
Mudam-se os métodos de protesto. Confesso que, após a resolução da IKEA de não se instalar no concelho limiano, receei que Ponte de Lima reproduzisse na vida política e social do país um novo episódio do Queijo limiano. O Presidente da Câmara ainda apareceu com o velho argumento do abandono do mundo rural, aludindo a falta de respeito das multinacionais, da IKEA, para com esse mundo que todos querem destruir e do qual ele é o ultimo auto-proclamado defensor. Confesso que ao ouvir isto temi pelos meus candeeiros… Mas não. Daniel Campelo já não faz boicotes. Ressuscitou uma velha promessa de fundos do Governo Guterres e de José Sócrates, (lembram-se do orçamento do queijo?), que ainda não foi cumprida e anunciou penhorar bens do Ministério da Cultura. Eis, talvez, um bom exemplo a seguir pelas freguesias do concelho.
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