O fim-de-semana passado foi um bom exemplo do que se pode fazer no campo da animação na vila limiana. O folclore tomou conta das ruas da vila de Ponte de Lima e as bandas de música do Largo de Camões, que antes tinha sido ocupado pelos Zés Pereiras. Claro que este tipo de animação não pode ser feita todos os fins-de-semana - pese embora os “feirões” aos domingos de manhã, animados pelos grupos folclóricos, ajudarem à animação da sede do concelho limiano- pois poder-se-ia cair no erro da banalização. Mas talvez não fosse mau de todo que este ou outro tipo de animação, algum mais vocacionado para os jovens, ocorresse uma vez por mês.
Também positiva foi a opção da Câmara Municipal em celebrar o dia mundial da leitura no dia 23 de Abril em conjunto como IPLB inaugurando algumas bibliotecas escolares. Talvez fosse interessante o pelouro responsável pela cultura planear a edificação de uma nova Biblioteca Municipal. Como qualquer pessoa pode verificar, e tantas vezes já se chamou a atenção, a actual já não cumpre os seus objectivos. Bem sei que a questão financeira tem um grande peso, mas é preciso que a vontade política exista, e se esta existe por que não começar por modificar a presença web da BM. A Biblioteca é muito mais que um catálogo, é muito mais que um depósito, deverá ser um ponto de referência para a comunidade e a página na Internet, hoje e cada vez mais, deverá reflectir isso mesmo. Infelizmente a actual é um pouco o reflexo de uma política de não aposta numa Biblioteca que já foi exemplo para as outras.
Mas o fim-de-semana passado foi também o da resolução da “guerra nacional” do CDS-PP. Esta “guerra”, que terminou com a vitória de Portas, entre outras coisas, deixou a descoberto a fragilidade de Campelo. Apesar de Ribeiro e Castro ter ganho em Ponte de Lima, único concelho do distrito de Viana onde isso sucedeu, a votação ficou muito aquém do esperado, nem sequer 50% dos militantes votaram, sendo que Castro obteve 145 votos e Portas 94. No distrito, Castro obteve 179 e Portas 162 o que demonstra que o discurso redutor e mediatista de Campelo, à excepção de Ponte de Lima, onde ainda tem algum peso, já não cola. Daniel Campelo parece já ser considerado uma peça do passado para o CDS alto-minhoto. Abel Baptista pode estar sossegado, a liderança da distrital não parece estar ameaçada.
Campelo parece falar e agir no Município para o passado. Por vezes até poderá falar de futuro, mas, mais que falar do futuro, é necessário falar do destino e esse parece ser uma grande incógnita para Campelo.
sexta-feira, abril 27, 2007
Alto Minho artigo 27-04-2007
Fim-de-semana animado
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