quinta-feira, maio 10, 2007

Alto Minho artigo de 10-05-2007

Em democracia com o voto delegamos a administração do bem público nas pessoas que achamos mais competentes para o administrar. Essa pessoa passa a ter a responsabilidade de governar a "propriedade de todos" em função de todos.

É deveras salutar verificar que a "saúde" financeira do Município de Ponte de Lima é boa. É aliás, ao que parece, um exemplo para outros municípios, para a maioria, atrevia-me a dizer. Daniel Campelo tem conseguido que essa "saúde" se mantenha ao longo dos anos. Mas se a "saúde" é de louvar já não o é o facto de ela não ter consequências na vida dos limianos. A colecta de impostos excedeu as expectativas da própria Câmara, mas não tem aparente reflexo e não se prevê nenhuma redução significativa nas taxas aplicadas. Já vão longe os dias de campanha…

É verdade que a Câmara Municipal goza de boa "saúde" financeira, mas, em contra partida, a indústria é uma miragem em Ponte de Lima e o comércio definha, o grande motor económico, a construção civil, está neste momento a passar momentos de crise e não se prevêem melhorias para breve. O líder do maior partido da oposição, João Barreto, chamou a atenção para o facto de as Juntas de Freguesia receberem no seu todo praticamente o equivalente ao que o Município gasta em jardins, este facto diz muito sobre o que está no topo das preocupações do executivo municipal.

Diz a Doutrina Social da Igreja, que alguns gostam muito de apelar sem a ler, que a finalidade das instituições políticas é tornar acessíveis às pessoas os bens necessários – materiais, culturais, morais, espirituais. Seria bom que a "saúde" financeira do Município, que é de todos, fosse canalizada realmente para todos.

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