quinta-feira, maio 24, 2007

Alto Minho artigo de 24-05-2007

É inegável que algo de errado se passa na política económica de Ponte de Lima. Segundo o INE, em Ponte de Lima, a taxa de desemprego, em 1991, era de 4,6%. Passados dez anos, em 2001, a mesma taxa de desemprego era já de 6,0%. Mas se fizerem uma pesquisa rápida ao site www.where-to-invest-in-portugal.com, onde os municípios sãos os principais parceiros, logo verificam que a taxa de desemprego em Ponte de Lima é já de 8,2%.

A falta de uma política económica, de um plano económico para o concelho é evidente. É estranho, por exemplo, verificar que concelhos vizinhos têm tirado partido dos acessos que servem o concelho limiano e que este não consiga capitalizar esses mesmos acessos em prol do seu desenvolvimento económico.

Campelo, em década e meia que leva na liderança do Município, não foi capaz de encontrar políticas capazes de dinamizar a economia limiana. Este é, aliás, um dos calcanhares de Aquiles do executivo Campelo. Só uma economia dinâmica cria emprego, infelizmente não é o caso da limiana.

Estes números são o reflexo das dificuldades que as empresas limianas estão a passar. Mas a culpa não é apenas da falta de reacção e iniciativa do Município limiano, a Associação Empresarial também tem a sua quota-parte de responsabilidade. Onde está a reabilitação do comércio, onde está a formação dos empresários? A necessidade de mudança de mentalidade deveria ser uma prioridade, mas será que é? Estarão os comerciantes limianos preparados para a nova realidade, já prevista há tantos anos, da concorrência dos grandes grupos de distribuição? Terá sido o proteccionismo, ao invés de uma gradual abertura, uma boa escolha no que concerne à fixação de médias superfícies comerciais, que agora abrem por todo o lado?

É urgente revitalizar o comércio limiano, mas, isso só será possível com a indispensável e real colaboração do município limiano com a Associação Empresarial de Ponte de Lima.

Sem comentários: