sexta-feira, setembro 28, 2007

Alto Minho artigo 28-09-2007

Há municípios que têm algo semelhante a agências de captação de investimento. Trabalham de forma a aumentar o leque de potenciais investidores nos respectivos concelhos. No de Ponte de Lima, não. A Câmara Municipal parece mais ocupada em fazer de, pasme-se, agência imobiliária.

As Finanças sempre se mudaram. Da praceta Vieira de Araújo passaram para junto do hospital. Força do mercado imobiliário? Não, da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

Com uma total ausência de sensibilidade de gestão urbanística, segue uma política retrógrada e já em desuso de centralizar todos os serviços num só espaço. Mas não num espaço qualquer. As Finanças são, sem dúvida, um bom inquilino pelo que o “presidente” da “agência imobiliária” Câmara Municipal de Ponte de Lima achou por bem captar o “cliente” para um dos edifícios do parque de estacionamento, junto do referido hospital Conde de Bertiandos.

A Câmara consegue assim dois “bons” objectivos. Por um lado acabar com o que resta de vitalidade na zona do velhinho Centro Comercial Rio Lima. Bem, pode ser que algum investidor chinês, daqueles que a AEPL foi captar, queira lá investir…

O outro objectivo parece já ser marca deste executivo. O de ajuda à Santa Casa da Misericórdia. Esta era a senhoria do anterior espaço das Finanças, mas com o empenho da “imobiliária municipal” perde uma fonte de receita. Será por isso que as crianças ou idosos, aos quais a Santa Casa da Misericórdia presta assistência, terão menos condições? Certamente que não. Usar este argumento seria recorrer a um populismo em que alguns são useiros e vezeiros. Mas é inegável que certamente não ajudará.

É verdadeiramente lamentável que ao invés de tentar colocar estrategicamente os serviços presentes na sede de concelho, a Câmara Municipal agregue todos num só espaço. As anteriores zonas que albergavam esses serviços foram simplesmente votadas ao abandono pela Câmara Municipal. Mas num espaço sem aparcamento livre, sem vias de comunicação condignas e com escala suficiente para o trânsito que afluirá em massa para aquele local, neste momento, estão concentrados o Tribunal, o Centro de Saúde, o Hospital, as Finanças e a Adega Cooperativa. Nada mau para uma zona com ruas em que mal cruzam dois automóveis.

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