Industrialização
Na apresentação do livro “Ponte de Lima uma vila histórica do Minho” Daniel Campelo aproveitou, mais uma vez, para lançar umas farpas a quem não concorda com as políticas dele.
O livro apresentado, como aliás frisou o vereador da cultura, é um bom exemplo do testemunho que podemos deixar daquilo que somos e fomos para as gerações vindouras. Claro que, como em tudo, poderá sempre ser alvo de algumas, pontuais, correcções que não beliscam em nada o seu mérito científico ou histórico.
Aproveitar este tipo de eventos para lançar “nuvens de fumo” não será a melhor atitude, no entanto Daniel Campelo, como já havia feito na apresentação do Cartaz das Feiras Novas passadas, não resistiu. Diz Campelo que, ao contrário de outros, não pensa que o futuro de Ponte de Lima passe em exclusivo pela indústria. Que outros? Não estaremos aqui todos de acordo? No entanto, a opinião de Campelo tem outro tipo de importância, é que a responsabilidade de liderar os destinos do concelho limiano é dele e, ao que parece, este quer provar que o futuro de Ponte de Lima não passa de todo pela indústria. Ou é isso ou a sua política de captação de investimento, como se pode verificar pelas zonas industriais, é nula ou incipiente. É que sendo verdade que o futuro não passa exclusivamente pela indústria, é um facto que também não existe sem esta.
Falar hoje de industrialização não é exactamente o mesmo que no século XIX. Falar hoje de industrialização é falar de muitos sectores, sectores limpos, de tecnologia, sectores de investigação e, claro, de produção. Mas isto Campelo esconde e num evento de cariz cultural, com a apresentação de um dos bons resultados do projecto “Ponte de Lima Terra Rica da Humanidade”, preferiu tentar escamotear a sua grande falha, o grande “buraco” da sua década de governação em Ponte de Lima, a falta de indústria em Ponte de Lima. Uma situação que leva inevitavelmente à falta de emprego, que leva, por exemplo, cerca de 600 pessoas concorrerem para 6 ou 7 vagas que o já citado projecto disponibilizou, que leva a que Ponte de Lima tenha um dos mais baixos poderes de compra do país.
E qual é a resposta de Daniel Campelo perante esta situação? Numa outra situação, afirmou que as pessoas têm que se mentalizar que uma licenciatura não é significado de emprego certo. Pois isso, infelizmente, não é novidade nenhuma para as famílias que investem na educação dos seus filhos, mas sentir que um autarca, ainda para mais do CDS-PP, que se afirma o partido das empresas e empresários, não ajuda em nada para alterar essa situação já é uma triste novidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário