sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Alto Minho artigo de 01-02-2008

Sonhos

Por vezes temos sonhos que nos orientam num determinado sentido. Fazemos tudo para que estes se tornem realidade. Por vezes até esquecemos tudo o resto pensando na “realidade” idealizada do sonho.

A freguesia de Arcozelo, em Ponte de Lima, sonhou com a elevação da freguesia a vila. Os autarcas sonharam e tudo fizeram para alcançar esse sonho. Este tornou-se um objectivo “per si”. O desejo de realização transformou-se no grande Objectivo. Pois este foi atingido e Arcozelo é uma das mais jovens vilas de Portugal.

Passados alguns anos, olha-se para trás com algum sentimento de frustração. Porquê? Porque se sente agora uma espécie de ressaca. As expectativas, o sonho, eram demasiado elevadas para a realidade do significado da nova designação.

Arcozelo continua com projectos, com planos, é verdade, mas com os parcos recursos que o estatuto de “vila” não aumentou.

Iniciativa

Numa altura de vitimização pública, realço a iniciativa do PS local ao organizar um debate sobre a educação com o respectivo Secretário de Estado. Aproveitando a sua presença em Ponte de Lima, abriu as portas do debate a toda a população limiana para, de forma directa e “civilizada”, questionar um dos responsáveis da política de educação do actual governo de Portugal. Interessante esta iniciativa que demonstra uma certa coragem e abertura.

Um bom exemplo daquilo que a oposição pode fazer. A promoção do debate, da participação dos cidadãos na definição de políticas.

É verdade que pode surtir pouco ou nenhum efeito prático mas fica sempre a ideia, a opinião dos que irão em breve referendar as opções tomadas.

Promoção

Já vai há uns anos, mas ainda me lembro de um concurso – não sei se era esta a designação certa – de música moderna de Ponte de Lima. A actuação das bandas de garagem foi no largo da Além da Ponte, em Arcozelo. Não me lembro da qualidade musical das actuações, lembro-me ligeiramente de uma música que falava de uma Lisboa, capital do império, como diz depreciativamente Manuel Fernandes, a arder, fruto talvez de inspiração clubista tão em voga na altura.

Mas o que está em causa não é a letra ou o tipo de música é a ideia de um evento que por um lado envolva os jovens num projecto, num objectivo e por outro, que promova a visibilidade de novos talentos, de novas bandas de garagem que certamente ainda existem em Ponte de Lima.

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