sexta-feira, junho 20, 2008

Alto Minho artigo de 20-06-2008

O Povo é quem mais ordena…

Defensor Moura, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, foi peremptório em colocar o concelho a que preside de fora da comunidade intermunicipal Minho-Lima. Esquecendo que não foram os outros concelhos que fizeram as regras, muito menos Rui Solheiro, Moura agarrou-se ao argumento, esquecido noutras circunstâncias análogas, da proporcionalidade do voto dentro da comunidade com o número de habitantes de cada concelho (o melhor seria mesmo nós cidadãos votarmos directamente, talvez assim se encontrassem verdadeiros lideres regionais…).

O que transpareceu desta posição foi o de uma briga interna no PS distrital. O líder vianense parece estar disposto a sacrificar os fundos europeus que o concelho de Viana do Castelo teria direito se cumprisse as regras que o governo socialista definiu.

Na semana passada, o PSD propôs uma consulta aos vianenses através de referendo. A proposta foi aprovada por unanimidade, mas com o recado de Defensor Moura de que caso o resultado fosse contrário à sua posição se demitiria. Mais uma vez, e a menos de um ano do término do seu mandato, demonstra que nem sempre o concelho de Viana do Castelo estará nas primeiras prioridades.

Agora cabe à Assembleia Municipal decidir se o povo vianense será consultado ou não. Palpita-me que a maioria PS, como tem sido seu hábito, usará da sua força de bloqueio, não se vá ver a braços com a demissão do seu candidato…

Infelizmente, neste assunto, Defensor Moura não está sozinho. Daniel Campelo, líder do Município de Ponte de Lima, continua a alimentar um tabu sobre este assunto, talvez como forma de ser referido na comunicação social pois sabe bem que se Ponte de Lima ficar de fora da futura comunidade Intermunicipal Minho-Lima não podendo, assim, contratualizar no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, o futuro do seu concelho ficará deveras comprometido. E eu ainda acredito que, apesar de tudo, Campelo quererá o melhor para o concelho limiano.

Associações

Todos nós, ao longo da nossa vida, vamos pertencendo a várias associações. Muitas destas associações definham, por vezes lentamente, até deixarem de existir. Independentemente de algumas particularidades, um motivo que está sempre subjacente a esse trágico final é o do afastamento dos sócios.

Esse desfasamento é sintomático quando os resultados das eleições para os corpos dirigentes vão dando resultados “históricos” a listas únicas.

Se os sócios não se reverem na associação a que pertencem não terá esta perdido a razão de existir…?

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