sexta-feira, agosto 22, 2008

Alto Minho artigo de 22-08-2008

Até quando?

As praias do Arnado e Dona Ana foram, uma vez mais, referidas negativamente na imprensa nacional. A Ponte de Lima continua a ser associada uma imagem extremamente negativa, enquanto a Câmara Municipal tenta, por todos os meios, transmitir para o exterior uma imagem de um concelho onde se vive e se recebe com qualidade.

Infelizmente, nesta matéria desde há vários anos que ouvimos o responsável autárquico pelo pelouro do ambiente falar de um urgente apuramento de responsabilidades, no entanto, até hoje, ainda não foi conhecido publicamente nenhum resultado dessa averiguação. Já pelo contrário, responsáveis de associações ambientais, como a Quercus, repetidamente responsabilizaram a deficiente rede de esgotos domésticos do concelho. Também por isto os responsáveis autárquicos deveriam rapidamente averiguar responsabilidades, até porque fica seriamente manchada a imagem de qualidade de qualquer concelho se a este estiver associado uma rede de esgotos ineficaz…

Já o disse anteriormente, é vergonhoso que nomes como o do Arnado e Dona Ana, que estão associados à memoria de muitas gerações de limianos como locais de eleição para desfrutarem das águas do rio Lima, sejam agora constantemente apontados como o exemplo a não seguir a nível nacional.

Não se percebe a razão desta situação, uma vez que o município apostou afincadamente na obtenção da bandeira azul, sendo uma das primeiras praias fluviais, se não a primeira, a nível nacional a obter esse galardão, para passado uns anos a situação ser a que se vê. Será caso para dizer que é mais um exemplo das políticas errantes do município?

O Grande Irmão limiano

Actualmente, no Reino Unido, discute-se a aplicação de câmaras de filmar com reconhecimento facial. Esta discussão foi despoletada pelo facto das autarquias locais terem implementado a aplicação de câmaras de vigilância em locais públicos. Com o pretexto de segurança foi invadida a privacidade dos cidadãos. Hoje muitos autarcas questionam-se se, com esta atitude, não terão originado uma histeria que, de certa forma, ameaça a privacidade individual dos cidadãos sem que o resultado dessa perda de privacidade se reflicta no aumento da segurança. Tudo isto vem a propósito da aplicação de câmaras de vigilância em alguns locais limianos. Se visitar os jardins temáticos encontra câmaras de vigilância, se estacionar no parque do Festival de Jardins também as encontra. Não sei se estas têm a devida autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados nem sequer se estão a funcionar, mas que suscitam algumas dúvidas lá isso suscitam.

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