sexta-feira, setembro 26, 2008

Alto Minho artigo 26-09-2008

A culpa é da globalização

Esta foi a justificação que Daniel Campelo deu numa entrevista à ROL para a hegemonia cada vez maior da cerveja face ao vinho verde, nas Feiras Novas.

O que Daniel Campelo quis dizer foi que a indústria da cerveja envolve muito dinheiro, logo, a contribuição desta para as festas será bastante significativa dentro do "bolo" geral do orçamento das Feiras Novas. É isto que a indústria vinícola da região não consegue acompanhar querendo ou não aderir ao marketing de que Campelo falou.

Será esta atitude negativa? A resposta depende daquilo que se pretende das festas do concelho limiano. Poderá significar apenas que a aposta não é propriamente na exclusiva promoção dos produtos autóctones do concelho, mas também na capacidade de organizar umas festas com a grandiosidade que as Feiras Novas tomaram.

Feiras Novas

Este ano as festas começaram um pouco mais tarde. As aulas já tinham começado, quer no ensino secundário quer no universitário. Este factor não é menosprezável e influencia a maior ou menor afluência de pessoas.

Embora com menos de pessoas, as festas não perderam a sua essência nem o cariz popular. De louvar a iniciativa de um bar do centro histórico, que, no dia com menos gente, a segunda-feira, organizou rusgas que animaram a noite de uma forma paralela ao programa as ruas limianas.

A organização que há uns anos se recusava a recorrer a meios usados noutros eventos desta magnitude, como queimas das fitas e concertos, tem vindo paulatinamente a usa-los, o que é verdadeiramente positivo. Primeiro foram os sanitários móveis, agora a segurança privada. Esta última contribuiu e muito para o sucesso das festas deste ano.

Não posso deixar de referir as bandas de música, nomeadamente as de sexta-feira. As Feiras Novas já não seriam as mesmas sem estas, uma aposta que o tempo demonstrou ser ganha.

Fim das férias

Terminaram as Feiras Novas. Espera-se que agora a política volte a Ponte de Lima. É que se torna estranho que, faltando um ano para as eleições, o que mais se ouça seja o silêncio.

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