segunda-feira, outubro 06, 2008

Alto Minho artigo de 06-10-2008

Sede da Intermunicipal

A escolha de Viana do Castelo para albergar a sede da associação Intermunicipal Minho-Lima tem apenas um objectivo, o de provocar Defensor Moura. Penso que Defensor está seriamente errado ao teimar em colocar Viana do Castelo fora da Intermunicipal. Sobretudo quando foi o governo eleito pelo seu partido que definiu as regras e não deu alternativas. Faltando estas, o caminho é só um, o de minorar as perdas dos vianenses.

Esta provocação, de escolher o único concelho que tem dúvidas na adesão para sede da intermunicipal, apenas vem dar argumentos, demagógicos é certo (estou mesmo a ver os outros presidentes da Câmara do distrito de armadura a conquistar a Viana o Castelo da Barra), aos partidários do isolamento. A não ser que o objectivo fosse esse, a escolha é errada.

A escolha da sede deveria ser simbólica. Já que a parte administrativa se repartirá entre Valença e Ponte de Lima e não podendo ser um destes concelhos, por motivos óbvios, tal como o vereador do PSD na Câmara de Ponte de Lima afirmou na sua declaração de voto (que, para quem não sabe, votou contra os estatutos da Intermunicipal), a escolha da sede deveria ter recaído em Paredes de Coura, afinal é o concelho mais central do Alto Minho.

Cavalos

Daniel Campelo definiu numa frase, que se pode ler num artigo sobre ele na revista Visão do passado dia 28 de Agosto, a sua politica para Ponte de Lima. Dizia Campelo que se deveria dar prioridade aos animais ao invés dos automóveis. Para o Presidente da Câmara de Ponte de Lima nós, limianos, deveríamos ser uma espécie de “amish”, aquela seita norte-americana, que vive como no século XVIII/XIX, com carroças e barbas compridas e mulheres de toucas. Como meio de sustento estaríamos todos a cumprir o seu sonho de pastorear o gado no monte, vivendo da jorna que o senhor gentilmente nos daria.

Claro que este cenário é exagerado, mas numa coisa Campelo tem mérito, é que tenta pôr os sonhos em prática, basta para isso ver como vão ficando as nossas zonas industriais… a mato.

Lucas Pires

No ano em que se assinala o 10º aniversário da morte de Francisco Lucas Pires, o PSD Alto Minho resolveu homenageá-lo. A cerimónia teve lugar em Ponte de Lima, infelizmente com pouca divulgação. No entanto, teve o mérito de o trazer de novo à nossa memória, ainda que apenas através de uma notícia do evento. A mim fez-me recordar alguém que tive o privilégio de conhecer e de falar exactamente cá, em Ponte de Lima, naqueles que seriam os últimos anos da sua vida. Lucas Pires exerceu os cargos públicos sem nunca renegar aos seus princípios, teve a coragem de afirmar as suas raízes cristãs, bem como os princípios culturais europeus de raiz cristã. Foi um dos principais defensores da abertura de Portugal à Europa, bem como da estabilidade democrática nacional.

Foi um político que, dez anos depois da sua morte, ainda é exemplo para todos os que participam na vida pública. Deixou legado e isso é algo que muitos podem almejar, mas que poucos alcançam.

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