sexta-feira, setembro 19, 2008

Artigo de 19-09-2008

Escolhas

Tal como imensos limianos, trabalho fora de Ponte de Lima. Por vezes desloco-me a Braga para aí apanhar o comboio para a cidade onde trabalho. Nessas viagens, mais do que a teoria, tenho a prática de como as decisões políticas têm uma enorme influência na vida das pessoas, na vida de gerações. Isto, porque, sempre que tenho que perder 35 minutos numa estrada com um traçado quase imutável desde o tempo de Oliveira Salazar, a estrada Ponte de Lima – Braga, pergunto-me como terá sido possível os decisores políticos terem sucumbido aos interesses de um lobby, como se diz agora, e terem deixado cair por terra o projecto, então em construção, da linha de comboio do Lima. Uma linha que certamente teria, mais tarde ou mais cedo, ligação a Braga. Como tudo teria sido diferente. Como este vale teria desenvolvido de forma totalmente diferente, como gerações poderiam ter tido outro futuro.

É esta a importância das nossas escolhas, a importância da nossa participação, da nossa consciente delegação de poderes nos nossos eleitos. Serão eles que, com as suas decisões, comprometerão o futuro dos nossos filhos, dos nossos netos.

Feiras Novas

Penso que as Feiras Novas que mais nos marcam são aquelas primeiras, na adolescência início da juventude, que vivemos sozinhos com os amigos. São essas que nos irão marcar e definir a imagem daquilo que para nós são as Feiras Novas.

Para uns as Feiras Novas são as concertinas pelas ruas da vila e junto ao S. João, para outros, a música gravada e o convívio nas Pereiras e recentemente para uma nova geração, o que se passa na EXPOLIMA. Nenhuma substitui as outras e a verdade é que se complementam. No entanto, é preciso ter em conta que as primeiras foram sendo uma “imposição” popular, a última foi uma criação artificial e, como tal, será necessário ter em conta vários condicionalismos, dar melhores condições e estabelecer regras rigorosas, perceptíveis, fiscalizando o seu cumprimento. Isto para que este espaço não se transforme num “buraco negro” que engole o que de melhor têm as festas limianas.

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