Não será que um dos erros que os partidos da oposição cometem em Ponte de Lima é o de apostarem tudo à última da hora num cabeça de lista sebastianista, esquecendo-se de que se devem apresentar como uma alternativa, como defensores/construtores de um novo rumo para o concelho limiano?
Como me parece que a resposta é positiva, imagino que os partidos da oposição já fervilhem quer na organização de listas (naturalmente, pois falta um ano para as eleições autárquicas), quer na procura do seu candidato a Presidente da Câmara. Infelizmente, o que o passado recente nos mostra é que a aposta recorrente é a procura de um “cabeça de cartaz”. Esquecem-se de que este deveria ser um rosto de políticas diferentes e alternativas para o concelho. Essas políticas alternativas, esse projecto, devem ser construídas com tempo, com ponderação, com o envolvimento dos seus militantes bem como da comunidade. Será que alguém na comunidade se envolve em algo quando o que lhe é apresentado é apenas um nome ou um possível nome pouco antes das eleições?
O tempo de D. Sebastião já lá vai, 530 anos é muito tempo e não me parece que mesmo com muito nevoeiro, e este mês tem sido pródigo nisso, ele volte. Muito menos a Ponte de Lima.
Princesa do Lima?
O Presidente da Câmara de Viana do Castelo parece viver numa redoma de vidro. Agora quer tentar referendar uma lei. Com a pergunta que referiu ao Alto Minho, “Aceita aderir a uma Comunidade com estas regras?”, o que Defensor Moura parece querer é que o referendo seja chumbado no Tribunal Constitucional, pois as matérias da competência legislativa reservada aos órgãos de soberania não podem ser objecto de referendo local.
Viana do Castelo comete um erro estratégico, histórico se ficar de fora da comunidade intermunicipal Minho-Lima. Este erro não se irá reflectir apenas arduamente em questões económicas, mas também em questões sociais e de influência deste concelho que até aqui tem sido capital do distrito com o seu nome. Com esta lei do governo socialista e possivelmente com a implementação, em breve, da regionalização, os distritos, como os conhecemos, deixarão de fazer sentido. Talvez nessa altura, o concelho de Viana do Castelo, se persistir em ficar de fora, sinta da pior forma o vazio onde escolheu cair.
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