terça-feira, outubro 27, 2009

O Povo do Lima - artigo de 27 de Outubro

Qual é o nosso motor?

Umas mais que outras, mas todas as forças políticas de Ponte de Lima referem-se a Ponte de Lima como um concelho rural, ligado à agricultura. Será essa a realidade do concelho limiano? A verdade é que, pese embora a percentagem de empresas ligadas à agricultura, silvicultura, caça e pesca ser de 22%, estas apenas representam 6% do emprego em Ponte de Lima. O grosso da população trabalhadora exerce a sua profissão na construção e obras públicas, 32,4%, estando a maior parte fora do concelho, logo seguido pelas indústrias transformadoras, 22,4%, que, juntamente com a indústrias extractivas (1,8%), perfazem 24,2 % e finalmente, fechando o top 3, o comércio, hotelaria e restauração que representa 21% do emprego limiano. É por isso que apostar numa economia ruralista, esquecendo as outras áreas económicas, é um erro. É por isso que não ter uma política proactiva é um erro. É por isso que a iniciativa da Junta de Freguesia de Arcozelo, apoiada, é certo, pela Câmara Municipal, da criação do pólo do granito é louvável por ser estruturalmente necessária à economia do concelho.

Ainda as eleições autárquicas – a ressaca

Com os resultados eleitorais da oposição, a tendência que esta terá é a da desmotivação, é de auto-consumir-se em “guerras” fratricidas. Ponte de Lima necessita da uma oposição forte, de uma oposição que seja capaz de estruturar um caminho alternativo, uma oposição que seja capaz de, mais do que nunca, fiscalizar a maioria. Mais do que “empalar cabeças” a oposição necessita de se reencontrar, descobrir quem é, quem representa, quem pode representar. A oposição deve diminuir o peso dos nomes e aumentar o das políticas.

Transportes escolares

Têm vindo, ultimamente, a público alguns casos relacionados com o transporte, ou a falta dele, de crianças para as escolas e jardins infantis. Para além de revelar falhas, existe outro ponto comum a todos os casos, é a Câmara arranjar maneira de nada ter que ver com o assunto. Até poderá ser assim, mas, se existe um problema, por que não, pelo menos, tentar corrigi-lo? Porquê culpar as transportadoras ou as juntas de freguesia quando, a bom rigor, é a Câmara que contrata as empresas e é a Câmara quem comparticipa a compra das carrinhas de transporte para as Juntas?
Politica é basicamente a resolução dos problemas da polis, da comunidade e se a Câmara, os nossos representantes não servem para resolver os nossos problemas para que é que servirão?

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