Cabe a cada um de nós…
A participação cívica deveria fazer parte da nossa vida como algo normal, como algo endémico no nosso relacionamento em comunidade. Deveríamos ter consciência que da nossa participação resulta a construção da comunidade em que vivemos. Quando encontro exemplos dessa participação onde menos espero, exemplo de pessoas que lutaram por algo sem esperarem reconhecimento, mas apenas por acharem que era esse o seu dever para com a sua comunidade, sinto uma dívida que penso ser colectiva, é algo que sinceramente me impressiona. O normal seria o queixume de café, o queixume inconsequente, mas ver exemplos de pessoas que levam o seu queixume, a sua irreverência ao ponto de influenciar o poder político é algo que deveria ser louvado pela comunidade, algo que deveria ser apontado como exemplo a seguir e não apontado como algo “herético”...
Neste contexto, é difícil perceber as razões que levaram a quem foi eleito por uma comunidade, por um círculo eleitoral, a esquecer o vínculo “sagrado” com quem o elegeu. Por exemplo, alguém saberá nesta altura o que pensam os nossos representantes na Assembleia da República sobre o dito casamento gay? Penso que ninguém, o que no mínimo é lamentável. Neste aspecto não existe, nem aparentemente é promovida, uma ligação entre eleitos e eleitores. Mas poderemos apontar culpados? Claro. Comecemos por nos apontar a nós próprios que preferimos ser pouco exigentes primeiro na escolha e depois no que concerne ao desempenho das funções…
Sendo eles um dos pilares fundamentais de uma democracia, quem se preocupa desde logo com a organização dos partidos, com seu funcionamento? Porque achará quase toda a gente normal que, por exemplo, se marquem eleições internas para datas estapafúrdias de forma a bloquear, deste modo, alternativas ao actual poder? Quem se preocupa que dentro dos partidos, em ditas estruturas juvenis, se ande a “ensinar” aos jovens que na política só vale o poder pelo poder…? Ou que a dita estrutura, que teoricamente serve para os jovens terem uma palavra activa na “polis”, se limite ao silêncio ou à bajulação pública?
Claro que nesta altura muitos dos leitores me dirão que este será o preço de uma democracia estabelecida e estabilizada. Talvez, mas, certamente que o afastamento e a desilusão em relação à política serão campo fértil para todos os que querem ver essa democracia como algo descartável.
Neste contexto, é difícil perceber as razões que levaram a quem foi eleito por uma comunidade, por um círculo eleitoral, a esquecer o vínculo “sagrado” com quem o elegeu. Por exemplo, alguém saberá nesta altura o que pensam os nossos representantes na Assembleia da República sobre o dito casamento gay? Penso que ninguém, o que no mínimo é lamentável. Neste aspecto não existe, nem aparentemente é promovida, uma ligação entre eleitos e eleitores. Mas poderemos apontar culpados? Claro. Comecemos por nos apontar a nós próprios que preferimos ser pouco exigentes primeiro na escolha e depois no que concerne ao desempenho das funções…
Sendo eles um dos pilares fundamentais de uma democracia, quem se preocupa desde logo com a organização dos partidos, com seu funcionamento? Porque achará quase toda a gente normal que, por exemplo, se marquem eleições internas para datas estapafúrdias de forma a bloquear, deste modo, alternativas ao actual poder? Quem se preocupa que dentro dos partidos, em ditas estruturas juvenis, se ande a “ensinar” aos jovens que na política só vale o poder pelo poder…? Ou que a dita estrutura, que teoricamente serve para os jovens terem uma palavra activa na “polis”, se limite ao silêncio ou à bajulação pública?
Claro que nesta altura muitos dos leitores me dirão que este será o preço de uma democracia estabelecida e estabilizada. Talvez, mas, certamente que o afastamento e a desilusão em relação à política serão campo fértil para todos os que querem ver essa democracia como algo descartável.
Início de novo ano
Não poderia deixar de desejar a todos um óptimo ano novo. Que em 2010 abracemos os novos desafios com vontade, com coragem na certeza que se envolvermos e unirmos a comunidade, os desafios que aí vêm serão mais facilmente enfrentados, mais facilmente encarados.
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