No passado sábado dia 16 de Outubro, os jogadores da AD Os Limianos fizeram história ao baterem-se heroicamente no estádio do Dragão contra o clube da casa, o FC do Porto. Nesse dia pudemos ver muitos adeptos do FC do Porto a entrar pela primeira vez como “visitantes” no estádio do clube do seu coração. O Limianos conseguiu algo de inimaginável ao congregar todos os limianos independentemente da sua cor clubista. Foi realmente um dia memorável que perdurará na memória não só pela união conseguida mas também pela óptima e louvada exibição em campo.
É obvio que isto poderá levar aos mais eufóricos a dizer que este é o caminho em que o poder político deveria por os olhos e apoiar cegamente este ou outro clube para que se colmate a falha de nunca ter existido um clube do Alto Minho na primeira divisão nacional de futebol. Não concordo. Os políticos gerem o dinheiro de todos nós, deverão apoiar, é certo, o desporto. Não vejo o porquê de apoiar uma equipa para chegar ao primeiro escalão de futebol para que se arraste por uma ou duas épocas por lá. Será esta a melhor forma de marketing local? Alguém foi a Faro por causa do Farense?
O dinheiro público é um bem escasso que deverá ser posto ao serviço de todos. Apoie-se o desporto, dê-se as condições para os clubes prosseguirem, agora apoiar apenas o futebol dando as “migalhas aos outros…? Mas o futebol tem maior visibilidade, dirão. Talvez, mas na realidade só mesmo por cá é que a comunicação social tende a viver apenas do futebol. Há mais desporto, o público até tem bastante interesse noutras modalidades (querem um exemplo, vejam os ralis que se vão realizando um pouco por todo o Portugal, sempre com publico faça sol, chuva ou neve), assim quisessem os responsáveis editoriais dar-lhes a visibilidade que dão ao futebol...
Demissão
Soubemos na passada semana que Daniel Campelo se demitiu das Lagoas de S. Pedro e Bertiandos. Poder-se-ia especular uma ruptura, um qualquer mal-estar entre o antigo e actual presidente da Câmara. Nada mais errado. Campelo, melhor que ninguém, sabe que aquele é um cargo naturalmente inerente à presidência da Câmara, afasta-se em boa hora dando lugar ao seu sucessor.
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